Este artigo examina a discussão política em torno do ideal imigracionista brasileiro no período 1850-1889. As principais fontes utilizadas são os anais do parlamento brasileiro, relatórios oficiais e registros de época. O objetivo desta análise é captar as concepções de duas importantes correntes políticas imigracionistas brasileiras do século XIX: a governamental, especialmente representada pela classe política e intelectual próxima a D. Pedro II; e a da aristocracia de fazendeiros, principalmente os cafeicultores. Este artigo mostra que, apesar da influência política dessa classe fundiária, o governo imperial brasileiro procurou desvincular a imigração europeia para o Brasil dos interesses imediatos dos fazendeiros.