“…No limite, dois dos sentidos que McCloskey atribui à retórica, o de discurso persuasivo e o de conversa civilizada, podem chocar-se entre si" [1996: 175). Na mesma linha, ainda que sem tocar diretamente na questão da retórica, Silveira (1996), empreende uma análise daquilo que denomina "a sedição da escolha pública" e, ao comparar os modelos de Harry Johnson e de Kuhn para dar conta das chamadas revoluções científicas, aponta para a retórica ela é sinônimo de ciência, e, portanto, a ciência reduz-se à retórica, ora ela é instrumento de persuasão e, pois, a ciência não se reduz à retórica mas faz uso da retórica, ora ela é simplesmente o conjunto de preceitos que devem guiar academicamente os debates na ciência, em uma palavra, Sprachethik. Evidentemente, não há como discordar de McCloskey considerando os dois últimos sentidos assinalados.…”