O rio São Francisco tem apresentado, ao longo do tempo, diversos pontos de perda hídrica por toda sua extensão. No caso do seu trecho navegável presente no Norte de Minas Gerais, isso não é diferente, como é o caso específico de São Francisco, local de pesquisa deste estudo. Com o uso de ferramentas de geoprocessamento, foram analisadas imagens de satélite do leito do rio por todo o município ao longo de 41 anos (1975-2016), sendo possível apontar, após a sobreposição de imagens, os trechos onde houve perda da calha do rio e avanço do assoreamento, verificando-se, inclusive, a perda de 39,68% da área original do rio comparando-se 1975 e 2016; o aumento absoluto de 1.323% das áreas assoreadas e o crescimento absoluto de 207% das ilhas de sedimentação, além de dois pontos onde o rio simplesmente sedimentou. Como conclusões pode-se apontar o sucesso da metodologia aqui empregada, sendo indicado o uso destas mesmas ferramentas cartográficas em estudos futuros acerca de perda ou avanço de corpos hídricos.