2015
DOI: 10.1590/0100-85872015v35n1cap01
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José Pedro Autran e o retorno de Xangô

Abstract: Resumo O artigo apresenta uma análise histórica da vida do liberto africano José Pedro Autran, casado, na Bahia, com Iyá Nassô, a fundadora do candomblé da Casa Branca. A primeira parte analisa a heterogênea rede social de Autran entre 1822 e 1837, mostrando como o parentesco, o compadrio, a iniciação espiritual e a posse escrava imbricavam o grupo doméstico com a comunidade de terreiro liderada por sua mulher. A segunda parte examina a viagem do casal de retorno à África em 1837 e o seu estabelecimento no por… Show more

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“…José Pedro Autran também morou lá, nos anos 1820, não longe da igreja da Barroquinha, onde se diz que funcionou o primeiro candomblé de Iyá Nassô. 21 Buscando nos livros de óbito das freguesias supramencionadas, e assumindo que pai José fosse africano e casado, não achei ainda nenhum registro compatível.…”
Section: Luis Nicolau Parésunclassified
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“…José Pedro Autran também morou lá, nos anos 1820, não longe da igreja da Barroquinha, onde se diz que funcionou o primeiro candomblé de Iyá Nassô. 21 Buscando nos livros de óbito das freguesias supramencionadas, e assumindo que pai José fosse africano e casado, não achei ainda nenhum registro compatível.…”
Section: Luis Nicolau Parésunclassified
“…Mesmo com um sobrado no centro da cidade, em março de 1832, meses antes de suas núpcias, José Pedro comprou outra casa "no lugar do Bomgosto da Mangueira do Noviciado da Calçada do Bomfim", em chãos foreiros aos herdeiros da finada dona Maria Violante, a mesma que vendera as terras a Manoel Pereira Lopes em 1826. 56 Ou seja, os casais Manoel e Roza e José Pedro e Francisca tinham casas vizinhas no Bomgosto. Se José Pedro e Francisca chegaram a morar lá, passavam temporadas ou compraram o imóvel apenas como investimento, não sei dizer, mas uma casa afastada do centro, na imediação de mato e água, podia ser útil para realizar rituais de iniciação religiosa.…”
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“…XVIII. A vida de Manoel Joaquim Ricardo (Reis, 2016), o escravo rico, ou de Francisca da Silva (Castillo & Parés 2007), José Pedro Autran (Parés & Castillo 2015), ou Rodolpho Martins de Andrade (Castillo 2016), figuras importantíssimas na constituição do Candomblé baiano-nagô, são exemplos paradigmáticos da forma como os escravos e ex-escravos se articulavam no comércio transatlântico de modo a promover a sua mobilidade social e a subsistência económica, articulandose, simultaneamente, no cenário religioso. A biografia de José Pedro Autran e a forma como o seu regresso a África, como parte de um processo de deportação política, após a Revolta dos Malês ocorrida na Bahia oitocentista, alterou a estruturação social e religiosa na região de Ajudá, mostranos a dinâmica do processo escravocrata para além da ação central da exploração e violência física e emocional dos escravos, coisificados durante o período escravista (Parés & Castillo, 2015).…”
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