Análise do perfil clínico epidemiológico dos pacientes submetidos a Colecistectomia Videolaparoscópica em um hospital de ensino de Curitiba

Abstract

<jats:p>RESUMO Objetivo: Analisar o perfil clínico e epidemiológico de pacientes submetidos a colecistectomia por vídeo no Hospital da Cruz Vermelha do Paraná, unidade de Curitiba, operados no período de setembro de 2016 a setembro de 2018, assim como a influência de comorbidades, sexo e idade avançada no prognóstico pós-operatório, durante o mesmo internamento. Métodos: Estudo retrospectivo analítico, com dados coletados por revisão de prontuários. Análises estatísticas realizadas, considerando nível de significância p &lt; 0,05. Resultados: 389 casos foram incluídos, sendo 265 mulheres e 124 homens. A média de idade foi de 51,5 anos, 58,8% dos pacientes eram portadores de pelo menos uma comorbidade e 74,6% dos doentes tinham sobrepeso ou eram obesos. A incidência de complicações intraoperatórias foi de 1,3%, pós-operatórias de 3,8% e, a mortalidade, de 0,3%. Foram identificados fatores clínicos relacionados a pior prognóstico pós-operatório, como DM, HAS, presença de uma ou mais comorbidades e, destacadamente, idade avançada, que relacionou-se com maior tempo de internamento (p &lt; 0,001), necessidade de UTI (p &lt; 0,001), conversão para operação aberta (p = 0,003) e risco de complicações pós-operatórias (p &lt; 0,001). Além disso, o sexo masculino foi preditivo para maior tempo de internamento (p = 0,003) e maior necessidade de UTI (p = 0,01). Conclusão: o perfil clínico-epidemiológico corresponde àquele exposto na literatura e a presença de comorbidades, o sexo masculino e a idade avançada são fatores preditivos de mau prognóstico na evolução pós-operatória de pacientes submetidos a colecistectomia videolaparoscópica.</jats:p>

Prevalência e fatores associados à mortalidade de pacientes submetidos a colecistectomia em um hospital público do Sul do Brasil no período de 2015 a 2020

“…A colecistectomia é um procedimento indicado principalmente no tratamento de calculose biliar, colicistite aguda ou crônica (Jensen et al, 2019;Santos et al,2008;Biscaro et al, 2009). Inicialmente, a colecistectomia era realizada através de cirurgia aberta (CAB) e ao final do século vinte, o procedimento passou a ser realizado pela videolaparoscopia (CVL) sendo, atualmente, procedimento padrão ouro (Santos et al,2008) e a intervenção cirúrgica do aparelho digestivo mais realizado no mundo (Irigonhê et al, 2020).…”

“…Segundo a literatura, a relação de incidência de colecistectomias com sexo possuem um fator significativo na litíase vesicular, em que pacientes do sexo feminino são submetidos com maior frequência a colecistectomias. Esta característica se confirma neste estudo, no qual 72,9% (720 casos) foi constituída por mulheres, esse fator deve-se aos estrogênios, que aumentam a captação do colesterol dietético e a secreção deste na bile, e à gestação, que une os efeitos estrogênicos aos da progesterona, diminuindo o esvaziamento biliar (Irigonhê et al, 2020). Além disso, destaca-se que o sexo feminino apresentou maior proporção de alta hospitalar (73,2%), óbito (62,5%) e de transferência (62,5%).…”

“…Ainda, observa-se, uma maior frequência de colecistectomias em pacientes acima dos 50 anos, tanto no sexo masculino (52,6%) quanto no sexo feminino (42,1%). Do mesmo modo, este fator relaciona-se com alta incidência de óbito (62,5%), característica que pode estar relacionada a um maior tempo de internação do paciente, necessidade de conversão para CAB, de UTI e complicações pós-operatórias (Irigonhê et al, 2020).…”

“…Sendo considerado, o procedimento cirúrgico do aparelho digestivo mais realizado no mundo (Irigonhê et al, 2020).…”

Complicações de vias biliares durante colecistectomias em um serviço de referência no Pará

“…Atualmente, a VLC é o mais comum procedimento cirúrgico gastrointestinal realizado no mundo todo; com 700.000 procedimentos realizados por ano apenas nos Estados Unidos da América. (Irigonhê et al, 2020).…”