A Experiência De Hospitalização Explicada Pela Própria Criança

Abstract

VERÍSSIMO, M. de La Ó R.A experiencia de hospitalização explicada pela própria criança. Rev. Esc. Enf. USP, v. 25, n. 2, p. 153-68, ago. 1991.O presente estudo foi realizado com 20 crianças, em idade escolar, internadas em unidades pediátricas. Teve como objetivos identificar: como as crianças expressam a percepção de sua doença e hospitalização; os recursos de 'que elas dispõem para obter conhecimento sobre sua experiência de doença e hospitalização; e seus interesses e preocupações. UNITERMOS:Criança hospitalizada. Relações mãe-filho. Enfermagem Pediátrica. INTRODUÇÃOHá algum tempo profissionais da área de saúde vêm se interessan* do pelos efeitos da hospitalização sobre a saúde mental da criança. São clássicos trabalhos como os de BOWBY 4 ; PRUGH; HARLOW 16 e RO-BERTSON 21 , que se referem à importância da criança manter-se vinculada à mãe, sob pena de sua saúde mental estar em risco se isso não ocorrer.A criança tem necessidades e características próprias da fase de desenvolvimento em que se encontra. Uma vez no hospital, é preciso que seja dada continuidade ao atendimento dessas necessidades, a fim de que seu desenvolvimento não seja prejudicado.Oom o crescente reconhecimento dos possíveis efeitos traumáticos da hospitalização, tais como medo e insegurança, que causam regressão do desenvolvimento natural, muitos enfermeiros têm-se preocupado em estudar situações específicas da hospitalização da criança. AMARAL \ em sua pesquisa sobre o momento da internação, verificou que as mães desejam cuidar de seus filhos, quando internados, e demonstram resistência em aceitar as rotinas e normas hospitalares que provocam separação entre mãe e filho.

O mundo da criança portadora de asma grave na escola

“…Studies show that the disease and hospitalization represent a threatening experience for the child, generating stress which may cause the child to be emotionally traumatized in a higher level than the physical disease. They also emphasize the fact that, when hospitalized, the child is twice as sick: first, because of the physical disease, second, due to the hospitalization itself, which, if not appropriately treated, will leave marks to the child's mental health (3)(4)(5) . Additionally, the child's identity and role are, many times, annulled in an admission situation, when they see a reality which is different from their daily lives, suffocated by the hospital routines and practices (6) .…”

“…Additionally, the child's identity and role are, many times, annulled in an admission situation, when they see a reality which is different from their daily lives, suffocated by the hospital routines and practices (6) . Researches have evidenced the low school frequency of children with chronic diseases (7)(8)(9) ; their desire of going back to school when they are inpatients (3) ; the difficulties they have to follow the regular course due to the treatment (7,9) , and the conflicts that mark their school life, especially concerning the relationship with classmates (8)(9) . With the implementation of the Política Nacional de Humanização (National Humanization Policy) (10) that involves public authorities and civil society entities, the human and subjective dimensions were considered, consolidating care with dignity, solidarity, and warmth to hospitalized people, not only as rights, but as essential steps to the citizenship conquest.…”

O significado da hospitalização para a criança pré-escolar: um modelo teórico

“…Surgem ainda alguns trabalhos que discutem aspectos da hospitalização a partir de relatos das próprias crianças, as quais expressam o sofrimento advindo da vivência dos procedimentos diagnósti-cos e terapêuticos, especialmente os que envolvem a utilização de agulhas, assim como de outros aspectos da hospitalização: a diferença de alimentação, as restrições para poder brincar e o próprio fato de ter que permanecer no hospital (16)(17)(18)(19)(20)(21)(22) . Elas referem-se ao hospital como um local desconhecido, estranho, de anonimato, de torturas e suplícios, de agressões físicas com intenções punitivas, de solidão, de tristeza e saudades; um local desagradável, onde é proibido brincar, cuja função é evitar a morte em casa (19) .…”

Significado de saúde e de doença na percepção da criança

“…Iniciação Científica -PIBIC/CNPq/UFSCar; 2 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem, e-mail: patriciamoreira@yahoo.com;3 Enfermeira, Professor Adjunto, e-mail: gdupas@power.ufscar.br. Universidade Federal de São Carlos Rev Latino-am Enfermagem 2003 novembro-dezembro; 11(6):757-62 www.eerp.usp.br/rlaenf…”