Em publicação anterior 5 abordamos alguns aspectos da atuação do enfermeiro no processo de relactação (processo pelo qual é reestabelecida a lactação, independentemente do período de tempo transcorrido desde o tér-mino da última lactação), uma vez que em nosso meio profissional este assunto é relativamente pouco conhecido, sendo mencionado como algo fora do comum. Retomamos o tema neste artigo, sob a forma de revisão bibliográfica.Na bibliografia a relactação em meios rurais e urbanos, é tratada. Nos primeiros, relactação e indução à lactação (processo pelo qual é estabelecida a lactação em mulheres que nunca engravidaram, levando ao aleitamento natural) foram provavelmente comportamentos estimulados no decorrer de gerações, pois, no caso de morte da mãe, o nascituro teria limitada possibilidade de sobrevivência caso não fosse amamentado por outra nutriz. Em meios urbanos, os trabalhos descrevem a atuação de equipes de saúde, geralmente multidisciplinares, que visam, através da relactação, obter melhora da interação mãe-filho, combater a desnutrição e a intolerância a leites não-humanos. A influência do meio, rural ou urbano, merece ser lembrada porque "... o aleitamento materno, embora sendo um ato biológi-co é um ato social, ou seja, é uma forma de comportamento humano e, como tal, pode variar segundo os estímulos e motivações recebidos pela performance socialmente esperada" (BERQUÔ et alii 3 ).Relactação é um processo viável que está a dispor do enfermeiro para * Enfermeira-pediatra da Secretaria da Família e Bem-Estar Social da Prefeitura do Município de Sáo Paulo.