Under pressure: non-medical use of prescription drugs among undergraduate students

Abstract

Objective To measure lifetime, last-year and last-month prevalence of Non-Medical Use of Prescription Drugs (NMUPD) as well as the characteristics associated to last-month NMUPD among undergraduate students of a university in southern Brazil. Methods This was a cross-sectional study, with a sample that was selected through a clustered systematic sampling strategy. Multivariate analysis was conducted with Poisson regression according to a four-level hierarchical model of analysis. Fieldwork was conducted in 2015, and 1,423 students participated. Results Lifetime, last-year and last-month prevalence of NMUPD were 25.2%, 13.1% and 8.5%, respectively. Anxiolytics and barbiturates were the most prevalent. Variables independently associated were being female, having a family income lower than one or higher than six Brazilian minimum wages, being enrolled in a health sciences-related undergraduate course, and having reported lifetime NMUPD by a friend. Conclusions Based on these results, we suggest the development of prevention and promotion activities on this theme for students and professors, especially among those from health sciences-related courses. These interventions should focus on harmful effects of NMUPD, psychosocial coping strategies and socially established gender roles.

Uso não médico de psicotrópicos por estudantes de graduação: uma revisão integrativa

“…Segundo os 25 artigos selecionados, foi possível identificar que 10 estudos abordam a prevalência de estresse, ansiedade e/ou depressão entre alunos de graduação (Bertani et al, 2020;Costa et al, 2020;Cukrowicz et al, 2011;Granados Cosme et al, 2020;Ibrahim & Abdelreheem, 2015;Martínez-Martínez et al, 2016;Mohammad et al, 2020;Moreira et al, 2015;Pokhrel et al, 2020;Ramón-Arbués et al, 2020), sendo que 2 associam a relação desses transtornos com tendências suicidas (Cukrowicz et al, 2011;Granados Cosme et al, 2020). Além disso, 15 artigos discutem sobre o consumo de psicofármacos entre estudantes de universidades (Betancourt et al, 2013;Boclin et al, 2020;Câmara et al, 2011;Davis et al, 2019;Demenech et al, 2020;Hernandez & Nelson, 2010;Hildt et al, 2015;Lecat et al, 2020;Martins & Ghandour, 2017;Oliveira et al, 2019;Papazisis et al, 2017;Parks et al, 2017;Sousa et al, 2020;Stone & Merlo, 2010;Zullig & Divin, 2012), dos quais 3 estudos investigaram sua influência em comportamentos e pensamentos suicidas (Davis et al, 2019;Lecat et al, 2020;Zullig & Divin, 2012). (Tabela 1).…”

“…Quanto ao uso de psicotrópicos, foi registrado ser um problema crescente nas universidades, e 80% dos estudos selecionados mostraram o consumo de forma não médica abusiva (Betancourt et al, 2013;Boclin et al, 2020;Davis et al, 2019;Demenech et al, 2020;Hernandez & Nelson, 2010;Hildt et al, 2015;Martins & Ghandour, 2017;Oliveira et al, 2019;Papazisis et al, 2017;Parks et al, 2017;Sousa et al, 2020;Stone & Merlo, 2010;Zullig & Divin, 2012). Foram analisados os motivos que levaram a essa prática, e os principais documentados foram: uso recreativo, automedicação (aliviar estresse e relaxar) e potencialização do desempenho acadêmico (Betancourt et al, 2013;Boclin et al, 2020;Demenech et al, 2020;Hernandez & Nelson, 2010;Hildt et al, 2015;Papazisis et al, 2017;Parks et al, 2017;Sousa et al, 2020;Stone & Merlo, 2010). Discutem ainda sobre as consequências do uso abusivo, sendo as principais o suicídio, dependência, tolerância e efeitos colaterais (Betancourt et al, 2013;Boclin et al, 2020;Davis et al, 2019;Hernandez & Nelson, 2010;Hildt et al, 2015;Lecat et al, 2020;Martins & Ghandour, 2017;Parks et al, 2017;Sousa et al, 2020;Zullig & Divin, 2012).…”

“…Discutem ainda sobre as consequências do uso abusivo, sendo as principais o suicídio, dependência, tolerância e efeitos colaterais (Betancourt et al, 2013;Boclin et al, 2020;Davis et al, 2019;Hernandez & Nelson, 2010;Hildt et al, 2015;Lecat et al, 2020;Martins & Ghandour, 2017;Parks et al, 2017;Sousa et al, 2020;Zullig & Divin, 2012). Dentre os artigos selecionados, 76,92% mostraram predomínio pelo sexo feminino e os psicofármacos mais utilizados são os depressores do sistema nervoso central, mas houveram resultados variados ao considerar as classes medicamentosas estudadas em cada pesquisa (Câmara et al, 2011;Demenech et al, 2020;Oliveira et al, 2019;Sousa et al, 2020). Além disso, os artigos que mostraram associação entre o uso de psicotrópicos e comportamentos/pensamentos suicidas, notaram positiva correlação e aumento do risco de suicídio com o uso desses fármacos (Davis et al, 2019;Lecat et al, 2020;Zullig & Divin, 2012).…”

“…O seu uso não médico ocorre quando esses medicamentos controlados são usados sem prescrição, ou quando são prescritos, mas usados por um tempo maior do que foi determinado, com intenção diferente daquela estabelecida pelo profissional de saúde (Demenech et al, 2020;Martins & Ghandour, 2017), em doses mais altas, com maior frequência, por vias de administração alternativas ou associados a outras medicações (Hernandez & Nelson, 2010). É classificado conforme o motivo e como a droga foi obtida.…”

“…Um estudo conduzido na Universidade Federal do Rio Grande (FURG) em 2015 demonstrou que o uso não médico de psicofármacos por estudantes de graduação é maior que quando comparada a população brasileira (25,2% vs. 8,4%) (Demenech et al, 2020). É sugerido que a maior facilidade de acesso a drogas prescritas em comparação a drogas ilícitas, na maioria das vezes adquiridas por amigos, familiares ou até pela "internet", o fato de serem mais aceitas socialmente (Hernandez & Nelson, 2010;Sousa et al, 2020), o desconhecimento sobre os possíveis riscos (efeitos colaterais, dependência, tolerância e abstinência) e o engano de que o uso de medicações prescritas é menos danoso que substâncias ilícitas (National Institute on Drug Abuse (NIDA), 2018; Sousa et al, 2020) sejam os principais motivos da crescente prevalência dessa prática nas universidades (Parks et al, 2017;Sousa et al, 2020).…”