R'eBEn/09BIRSKlS, L. e colaboradora -Desnutrição -um problema de enfermagem de Saúde pública -Relato de experiência. Rev. Bras. Enf. : RS, 36: 297-308, 1983.RESUMO: As autoras se propõem a mostrar a atuação da enfermeira de saúde pública num Posto de Assistência Médica da Divisão de Saúde da Comunidade da Secretaria de Higiene e Saúde da Prefeitura do Município de São Paulo, junto a 76 crianças, que apresentavam como características di versos graus de desnutrição, bàixo peso e prematuridade, através de um programa de orientação indi vidualizada, semanal ou quinzenal, conforme o caso .
INTRODUÇÃOUma das atividades da enfermeira de saúde pública num Posto de Assistência Médica da Di visão de Saúde da Comunidade (DSC-5), da Secretaria de Higiene e Saúde do Município de São Paulo, refere-se à orientação aos usuários sobre as indicações médicas e esclarecimento detalhado e simplifi cado de sua prescrição. Nesta tarefa, está incluída a orientação alimentar às mães ou responsáveis das crianças inscritas "no período programático, sobre a introdução gradativa de novos alimentos, modo de preparo, horário de administração, quantidade, etc.É importante ressaltar que o chamado atendimento programático, realizado no horário ves pertino, dá ênfase na preservação e promoção da saúde. Neste período, é feito o acompanhamento men sal das condições de saúde das crianças incluídas na faixa etária de 0-2 anos, através de consulta médi ca, controle de enfermagem e orientações educativas.O atendimento programático tem como pontos básicos uma atenção precoce, periódica e con tínua à criança, sendo que a prioridade da programação aumenta sempre em direção aos primeiros me ses de vida. Esta prioridade decorre do fato de ser este o grupo etário mais vulnerável aos agravos de saúde, o que é comprovado pelos altos níveis alcançados pelo coeficiente de Mortalidade Infantil do Município de São Paulo.Além disso, trata-se de um grupo etário que necessita múltiplas ações de saúde, tais como: controle específico de saúde periódico, imunização específica, orientações educativas e fornecimento de complementação alimentar.Para tanto, rotineiramente, também é feita a avaliação pondo-estatural, para observação do crescimento e desenvolvimento da criança. Entretanto, foi notado que apesar das orientações dadas, havia no referido Posto de Assistência Médica (P AM), crianças com diversos graus de desnutrição, recém-nascidos de baixo peso e prematuros, o que motivou a enfermeira, médica-pediatra e assistente social a elaborarem um esquema de orientação programada mais assídua que o usual (mensalmente), com o objetivo de verificar se com um acompanhamento com intervalos menores de tempo (semanal ou quinzenalmente) e reforços constantes das orientações básicas, haveria melhora no estado nutricional das crianças da referida comunidade.Segundo YUNES (7), "a desnutrição é o principal fator de contribuição para a alta morbida de e mortalidade nos países subdesenvolvidos " e que a mesma "tem sido cada vez mais considerada, como um dos principais problemas de Saúd...