Introdução: A polifarmácia associa-se ao uso de cinco ou mais medicações diárias, enquanto o uso de dez ou mais é considerado hiperpolifarmácia. Tal prática tem forte relação com desfechos negativos, como menor adesão ao tratamento e aumento da ocorrência de reações adversas. Essa prática é observada, sobretudo, em idosos com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que constituem o conjunto de enfermidades não infecciosas de períodos prolongados de latência e curso. Essa situação, atrelada à polimorbidade típica dessa faixa etária, aumenta a necessidade do uso de vários medicamentos de forma simultânea. Objetivo: Avaliar a polifarmácia em pacientes com doenças crônicas não transmissíveis. Método: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, utilizando a estratégia de busca << Polypharmacy AND “Noncommunicable Diseases” >> em quatro bases de dados com a inclusão de trabalhos no recorte tempo de 2014-2024, em inglês e com texto completo. Dos 139 artigos analisados, a amostra final ficou constituída por doze pesquisas. Resultados: Observou-se que as doenças mais relacionadas ao quadro de polifarmácia foram hipertensão arterial (91,7%) e diabetes (91,7%). Além disso, o perfil dos indivíduos é predominantemente feminino (83,3%) e com idade acima ou igual a 65 anos (91,7%). Em relação à frequência de polifarmácia, metade dos artigos apresentou incidência inferior a 50.0%, enquanto a outra metade foi ≥ a 50.0%. Conclusão: A polifarmácia é mais prevalente em mulheres mais idosas (≥ 65 anos) e acometidas por hipertensão arterial e/ou diabetes. No entanto, é essencial dar mais visibilidade a essa questão para garantir um melhor reconhecimento dessa problemática no meio científico.