Migração e refúgio: temas necessários para o ensino na Enfermagem em tempos de COVID-19

Abstract

RESUMO Objetivos: apresentar o panorama dos processos migratórios e de acesso à saúde de imigrante no Brasil e refletir sobre a importância da formação em Enfermagem, numa perspectiva interdisciplinar, voltada ao cuidado dessa população, no contexto de pandemia. Métodos: trata-se de um estudo teórico-reflexivo, pautado nas experiências dos autores e ancorado na literatura. Resultados: algumas particularidades no acesso a serviços de saúde de migrantes e pessoas refugiadas evidenciam como elas têm sido impactadas de diferentes maneiras com o avanço e continuidade da pandemia. A pesquisa e ensino de abordagem interdisciplinar são importantes para estudar e melhor compreender as necessidades de saúde da população migrante no país, especialmente no contexto de pandemia. Considerações Finais: a formação de profissionais de saúde, especialmente em Enfermagem, deve compreender as especificidades destas pessoas para que futuras intervenções sejam mais sensíveis e próximas da realidade que vivem.

Tuberculose na pandemia de COVID-19

“…Para os imigrantes é importante considerar que o Brasil possui uma extensa área territorial e fronteiriço, com fluxo diário desta população para atividades comerciais e turismo, por exemplo; e nos últimos anos tem sido destino de muitos migrantes e refugiados (MARTIN et al, 2022). Para a saúde, atendendo aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, esta população busca no Brasil este acesso de forma gratuita, integral, universal e resolutiva, visando suprir as suas necessidades, muitas delas comprometidas com a chegada da pandemia.…”

“…Para a saúde, atendendo aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, esta população busca no Brasil este acesso de forma gratuita, integral, universal e resolutiva, visando suprir as suas necessidades, muitas delas comprometidas com a chegada da pandemia. Neste ponto, para as doenças infectocontagiosas, como a TB, o limite fronteiriço não impede a transmissibilidade, pelo contrário, caracteriza-se como um local extremamente importante para a efetividade e controle das ações de vigilância em saúde (MARTIN et al, 2022;SILVA-SOBRINHO et al, 2021).…”