Objetivo: Conhecer os fatores associados ao tempo de chegada precoce de pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico de um hospital público do Brasil. Material e Método: Estudo transversal com 220 pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico que chegaram a unidade de neurologia de um hospital na cidade de Salvador/ Bahia/ Brasil. Os pacientes foram dicotomizados em grupo precoce (tempo desde o início dos sintomas até a chegada ao hospital) e o grupo tardio (tempo desde o início dos sintomas até a chegada ao hospital). Utilizou-se os testes Qui quadrado de Pearson e Exato de Fisher para associação do tempo de chegada hospitalar e os dados sociodemográficos, clínicos e evento neurológico. Resultados: 81 pacientes (36,8%) realizaram a trombólise venosa, apesar de 157 pacientes terem chegado dentro da janela trombolítica. Os fatores associados com a precocidade hospitalar foram: ser residente na cidade de Salvador (0,001), utilização de carro particular/táxi (0,029), reconhecimento dos sintomas como acidente vascular cerebral (0,007), tempo de decisão em até 30 min para procurar por serviço de saúde (0,001), procurar inicialmente o hospital referência em neurologia (0,005). Não houve estatística significante para os fatores de atraso hospitalar. Pacientes que chegaram até ? 4,5 h, conseguiram realizar a trombólise venosa (0,001). Conclusões: A maioria dos pacientes se apresentou ao hospital referência dentro da janela trombolítica, entretanto, menos da metade da amostra teve acesso à terapêutica. Os resultados podem contribuir no planejamento dos serviços de saúde, bem como para orientações aos pacientes.