A Atenção Primária à Saúde (APS) atende às necessidades individuais e coletivas da sua população adstrita. Dessa forma, considera-se que a equipe de saúde acolhe as mulheres, que sofreram violência. Contudo, os estudos mostram a fragilidade nos atendimentos a esse grupo. Nesse sentido, questiona-se, especificamente, a atuação dos enfermeiros. Eles são capazes de reconhecer, de maneira precoce, as usuárias do serviço de saúde, que sofrem, ou que correm risco de sofrer violência? Denunciariam a violência contra mulheres atendidas, na unidade de saúde? Existe um ditado, muito forte no Brasil, que diz: “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. Será que esta crença interfere nas ações dos enfermeiros da Atenção Primária à Saúde (APS)? Diante deste contexto, a pergunta desta investigação é: “Como o enfermeiro atua perante a violência contra a mulher na APS?” Objetivo: Identificar e sistematizar a atuação do enfermeiro perante a violência contra a mulher na APS. Método: Utilizou-se da Revisão Integrativa, buscando nas bases de dados LILACS e BDENF, no período entre 2011 a 2021, e nos idiomas inglês e português, artigos que respondiam à pergunta de pesquisa. Resultados: Os encaminhamentos para serviços especializados, serviço social e de psicologia, construção do vínculo, acolhimento e empatia são atuações promovidas pelos enfermeiros na APS. Considerações Finais: Considera-se que a revisão integrativa alcançou os objetivos propostos, uma vez que foi possível identificar e sistematizar a atuação do enfermeiro. Este profissional possui o papel de coordenador e, por sua vez, integrador da equipe. É importante que o mesmo elabore atividades de capacitação, atue com uma visão holística e multiprofissional, devido à alta complexidade da violência doméstica contra a mulher.