Paleoenvironmental evolution of the coastal plain of Southern Brazil: palynological data from a Holocene core in Santa Catarina State

Abstract

This paper presents a paleoenvironmental reconstruction from palynological analyses of a sedimentary core of Holocene age, drilled at municipality of Garopaba (Santa Catarina), Southern Brazil. A total of 46 samples was collected for palynological analyses in the 450 cm-long core PCSC-3, as also three samples for radiocarbon dating and granulometric analyses. The palynological content includes 84 taxa related to pollen grains of angiosperms (38) and gimnosperm (3), spores of pteridophyta (16) and bryophyta (2), spores of fungi (8), algae (3), acritarchs (3), dinoflagellate cysts (2) and microforaminiferal linings (1). Three specimens of acritarchs are described and illustrated in detail. Three palynological phases were defined based on changes in assemblages: Phase I, Phase II and Phase III. The Phase I is characterized as a lagoonal paleoenvironment with marine influence from the beginning of the sedimentation (5390 cal yr BP), based on occurrences of acritarchs, dinoflagellate cysts and microforaminiferal linings. The Phase II (3032 yr BP until 858 cal yr BP) also is characterized by a lagoonal paleoenvironment, however, presented decrease in percentage of marine elements and increase in freshwater algae record, suggesting less marine influence in the lagoonal body. In Phase III (last 856 years), underwater sedimentation prevailed, under swamp-like conditions.

New Insights on the systematic classification of certain palynological taxa (tintinnomorphs) from Holocene deposits of the Coastal Plain of Southern Brazil

“…The inference of marine incursion over Coastal Plains is supported by other studies on the coastal plain of Santa Catarina (Behling & Negrelli, 2001;Amaral et al, 2012;Angulo et al, 2006;Kuhn et al, 2017), as well as in Coastal Plain of Rio Grande do Sul (Lorscheitter & Dillenburg, 1998;Meyer et al, 2005;Medeanic et al, 2009). Similarly, the Coastal Plain of the South Atlantic margin of South America offers further environmental proxies (Martínez & Rojas, 2013;Mourelle et al, 2015;Candel & Borromei, 2016).…”

Cistos De Dinoflagelados Do Holoceno Da Planície Costeira De Santa Catarina (Poço PSC-03): Descrições Taxonômicas E Implicações Paleoambientais

“…O táxon foi recuperado em sedimentos modernos e do Holoceno da plataforma argentina (Wall et al, 1977;Grill & Guerstein, 1995;Grill & Quattrocchio, 1996;Gómez et al, 2005;Borel et al, 2006;Borel & Gómez, 2006;Vilanova et al, 2008), em sedimentos do Holoceno do Canal de Beagle (Borromei & Quattrocchio, 2001Grill et al, 2002;Candel et al, 2009Candel et al, , 2012. No sul do Brasil, a espécie tem sido identificada em sedimentos do Holoceno da planície costeira e plataforma continental do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Lorscheitter & Romero, 1985;Cordeiro & Lorscheitter, 1994;Lorscheitter & Dillenburg, 1998;Medeanic et al, 2000Medeanic et al, , 2009Meyer et al, 2005ab, Macedo et al, 2007Kuhn et al, 2017), interpretados como de ambiente lagunar, sendo utilizado como descritores das ingressões marinhas do Holoceno. (Wall et al, 1977;Harland, 1983;de Vernal et al, 2001;Zonneveld et al, 2013).…”

“…DA ZONA COSTEIRA SUL DO BRASIL Nos últimos anos diversos estudos palinológicos foram desenvolvidos na zona costeira do sul do Brasil (RS e SC) (e.g. Lorscheitter & Romero, 1985;Cordeiro & Lorscheitter, 1994;Neves, 1998;Lorscheitter & Dillenburg, 1998;Behling & Negrelle, 2001;Medeanic et al, 2000Medeanic et al, , 2009Meyer et al, 2005ab;Macedo et al, 2007;Cancelli, 2012;Kuhn et al, 2017). O principal objetivo da maioria desses estudos foi a identificação de grãos de pólen e esporos de plantas continentais para a avaliação das mudanças paleovegetacionais e paleoclimáticas ocorridas na zona costeira e suas relações com as variações do nível relativo do mar durante o Holoceno.…”

“…Nos trabalhos citados, os cistos de dinoflagelados são representados por apenas dois gêneros; contudo, dinoflagelados, diatomáceas, cianofíceas e outras algas flageladas constituem a maior parte do fitoplâncton das águas costeiras modernas (Dale, 2009). Além da baixa diversidade de gêneros identificados até então, a representatividade quantitativa dos cistos de dinoflagelados em relação à assembleia de palinomorfos também é bastante reduzida, não ultrapassando valores de 5% da assembleia palinológica (Neves, 1998;Lorscheitter & Dillenburg, 1998;Medeanic et al, 2009;Meyer et al, 2005ab;Macedo et al, 2007;Kuhn et al, 2017).…”

“…Dale (1976) demonstrou que algumas etapas do processamento, com o uso de ácidos fortes e aquecidos, a acetólise, ou exposição à oxidação com KOH, têm efeitos cruciais para determinadas espécies de cistos de dinoflagelados, podendo eliminá-las, caso estejam presentes nos materiais. Tais procedimentos não foram evitados na maior parte dos trabalhos desenvolvidos na zona costeira do sul do Brasil (e.g., Lorscheitter & Romero, 1985;Cordeiro & Lorscheitter, 1994;Neves, 1998;Lorscheitter & Dillenburg, 1998;Medeanic et al, 2000Medeanic et al, , 2009Meyer et al, 2005b;Macedo et al, 2007;Kuhn et al, 2017). Nestes, a metodologia padrão adotada é a de recuperação palinológica para sedimentos turfosos, com vistas à análise sobre a paleovegetação representada e reconstituição dos paleoclimas (Faegri & Iversen, 1975;Ybert et al, 1992).…”