“…se dobra sobre si mesma, adquire sua espessura própria, desenvolve uma história, leis e uma objetividade que só a ela pertencem"(FOUCALT, 2002, p. 409) O terceiro artigo, intitulado "A cobertura da mídia impressa e o enquadramento das favelas cariocas na linguagem da violência urbana", envolve o trabalho dePalermo (2018), que discute sobre as coberturas dos jornais impressos do Rio de Janeiro, acerca do início da ocupação policial realizada na favela Santa Marta (morro Pode-se concluir que esses discursos midiáticos, alicerçados basicamente na chave da auspiciosa ocupação militar [...], contribuem para fazer a intermediação e intercâmbio entre a perspectiva institucional-governamental e as percepções de parcela da sociedade, contribuindo para fechar o circuito que estrutura a linguagem da violência urbana, oferecendo um cariz específico a esta última. Nessa linha, as favelas são tratadas como um "problema" ligado a um "perigo imediato" [...] para a cidade, o que estabiliza esses lugares de moradianuma nova conjuntura cujas promessas se arvoram em ser "pacificadoras" -tanto como um "problema" motriz da violência urbana quanto, ao mesmo tempo, contribui para criminalizar seus moradores(PALERMO, 2018, p. 232).…”