2018
DOI: 10.15448/1984-7289.2018.1.21480
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

A cobertura da mídia impressa e o enquadramento das favelas cariocas na linguagem da violência urbana

Abstract: A questão fundamental para o artigo é comparar as coberturas dos jornaisimpressos Extra e O Globo acerca do início da ocupação policial realizada na favela Santa Marta. Visa-se, com isso, mostrar uma similaridade geral e algumas diferenças nos trabalhos desses veículos. A linha de raciocínio e argumentação é a relação entre os discursos das mídias em voga e as pressões sociais que contribuem para conformar tais discursos. Nesse sentido, é postulado que as diferenças nas coberturas podem ser apreendidas partind… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1

Citation Types

0
1
0
4

Year Published

2021
2021
2022
2022

Publication Types

Select...
4
1

Relationship

0
5

Authors

Journals

citations
Cited by 5 publications
(5 citation statements)
references
References 5 publications
0
1
0
4
Order By: Relevance
“…Even though some of the common attempts of justifying this normalisation, such as ‘parents must love above all, the police provide a service’, for example, it is noticeable how public opinion is intimately connected to the discourse that trivialises a constant state of exception (Agamben, 2005) in large Brazilian cities. This discourse is offered by the mainstream media, which ‘socially organizes and reverberates the language of urban violence’ (Palermo, 2018). The state , which holds the monopoly of violence, in a tacit agreement with the media that still has ownership of the public discourse in countries like Brazil, guides this narrative in order to legitimise state violence in the name of the peace and quiet of the ‘standard citizen’ (opposed to the ‘standard suspect’ (Amaral, in press)).…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…Even though some of the common attempts of justifying this normalisation, such as ‘parents must love above all, the police provide a service’, for example, it is noticeable how public opinion is intimately connected to the discourse that trivialises a constant state of exception (Agamben, 2005) in large Brazilian cities. This discourse is offered by the mainstream media, which ‘socially organizes and reverberates the language of urban violence’ (Palermo, 2018). The state , which holds the monopoly of violence, in a tacit agreement with the media that still has ownership of the public discourse in countries like Brazil, guides this narrative in order to legitimise state violence in the name of the peace and quiet of the ‘standard citizen’ (opposed to the ‘standard suspect’ (Amaral, in press)).…”
Section: Discussionmentioning
confidence: 99%
“…O governo contabilizou 227 homicídios durante aquele mês de fevereiro, além de um número elevado de saques, roubos e furtos em todo estado. O crime de homicídio doloso em 2017 teve número total de 1.399 vítimas, já a taxa de crimes letais intencionais (homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte) ficou em 36,1 vítimas por cem mil habitantes, tendo um aumento de 210 vítimas em relação ao ano anterior (Governo do Espírito Santo, 2017a, 2018.…”
Section: Introductionunclassified
“…Por outro lado, esse processo de distanciamento do risco da violência urbana, considerando que é mais acentuado em comunidades carentes, contribui para a estereotipia, preconceito e distanciamento social em relação à periferia. Como evidenciado por Barcelos (2017), grande parte dos estudos sobre favelas indica que as representações sociais de tais espaços permanecem cristalizadas, com imaginários de violência, perigo, pobreza, precariedade e marginalidade, sendo que a mídia fortalece ainda mais tal imaginário de estigmatização, com foco principalmente na violência urbana (Palermo, 2018).…”
unclassified
See 1 more Smart Citation
“…se dobra sobre si mesma, adquire sua espessura própria, desenvolve uma história, leis e uma objetividade que só a ela pertencem"(FOUCALT, 2002, p. 409) O terceiro artigo, intitulado "A cobertura da mídia impressa e o enquadramento das favelas cariocas na linguagem da violência urbana", envolve o trabalho dePalermo (2018), que discute sobre as coberturas dos jornais impressos do Rio de Janeiro, acerca do início da ocupação policial realizada na favela Santa Marta (morro Pode-se concluir que esses discursos midiáticos, alicerçados basicamente na chave da auspiciosa ocupação militar [...], contribuem para fazer a intermediação e intercâmbio entre a perspectiva institucional-governamental e as percepções de parcela da sociedade, contribuindo para fechar o circuito que estrutura a linguagem da violência urbana, oferecendo um cariz específico a esta última. Nessa linha, as favelas são tratadas como um "problema" ligado a um "perigo imediato" [...] para a cidade, o que estabiliza esses lugares de moradianuma nova conjuntura cujas promessas se arvoram em ser "pacificadoras" -tanto como um "problema" motriz da violência urbana quanto, ao mesmo tempo, contribui para criminalizar seus moradores(PALERMO, 2018, p. 232).…”
unclassified