A Economia Politica Da Saúde No Território Brasileiro E Seu Complexo Industrial: Uma Análise a Partir Do Conceito De Circuito Espacial Produtivo

Diagnóstico médico e uso corporativo do território brasileiro: uma análise do circuito espacial produtivo dos reagentes para diagnóstico

“…In this process the relationship between the actual productive structure and the health care system is clear, the latter frequently based on curative medicine, which has dictated the parameters for defining illness and cure and, therefore, for treating diseases. Thus, this medicine, largely constituted of surgical interventions and making diagnoses about bodies, participates in structuring industrial complexes aimed at researching and producing medical supplies as well as a wide range of health care in Brazilian territories Antas Jr., 2014).…”

Circuitos espaciais produtivos do complexo industrial da saúde brasileiro

“…Essa construção de uma estrutura industrial complexa, especificamente voltada à produção de insumos médico-hospitalares, já vem sendo formada há décadas em diferentes países e, pelo menos até fins dos anos 1980, o comando dessa estrutura sempre foi identificado com a chamada "tríade" -EUA/Canadá, Europa Ocidental 13 e Japão. Ainda que indústrias eletroeletrônicas e principalmente laboratórios farmacêuticos estivessem presentes em grande número de países, a identificação de um complexo médico-industrial robusto e bem ramificado se restringia a esses territórios (Relman, 1980;Bromberg, 1983;Starr, 1985Starr, , 1991 entanto, nos anos 1990, quando o processo de globalização deixa de se restringir aos setores financeiro e comercial e chega à produção industrial, o quadro muda muito (Santos, Milton, 1988a;Antas Jr., 2017a), particularmente tendo a indústria da saúde como referência, uma vez que se intensificaram bastante suas atividades produtivas no território nacional.…”

“…Daí que seja impensável trabalhar com esse conceito sem considerar a política das empresas, pois são elas que detêm as técnicas e a produção normativa capazes de conciliar os usos de diferentes territórios nacionais em torno de um mesmo objetivo. Ao articular eventos numa lógica produtiva, vemos como o poder corporativo(Antas Jr., 2005, 2017a vem operando um novo uso do espaço e do tempo como fator competitivo. Nota-se que os países presentes nas representações de diferentes circuitos espaciais com volumes significativos de exportação e/ou importação de insumos possivelmente detêm complexos industriais da saúde, o que não se pode inferir da representação de produtos acabados, pois os países que não os detêm são justamente os que precisam importar mais medicamentos ou equipamentos para consumo final.Os fluxos de insumos produtivos manufaturados são indicadores de produção fabril, uma vez que seu consumo é dado pela produção industrial.…”