Turismo, inclusão e exclusão: O discurso da periferia em Caxias do Sul-RS, Brasil

Abstract

Este artigo tem como objetivo discutir as percepções sobre o turismo de moradores de uma comunidade periférica, localizada no município de Caxias do Sul-RS (Brasil). A pesquisa considerou a revisão bibliográfica, cobrindo aspectos históricos que caracterizam o turismo como uma prática marcada pela exclusão, e abordagens teóricas que a ignoram. Posteriormente, seguindo as técnicas propostas pelo Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), foram ouvidos onze moradores da comunidade Cooperativa Habitacional Marianinha de Queiroz. A sistematização dos resultados em discursos sínteses permitiu compreender que os entrevistados associam o turismo: (a) à lógica da inclusão, quando afirmam que viajar de férias é diversão e lazer; e (b) à exclusão, quando lembram que o turismo é um prazer reservado às pessoas com poder aquisitivo. Segundo Milton Santos, a exclusão afeta o desenvolvimento da cidadania; nesses termos, considera-se que a exclusão da prática do turismo também contribui para esse deficit cidadão.

Uso de informações de custos em empresas brasileiras de hotelaria: uma visão sob a perspectiva dos tomadores de decisão

“…Utilizou-se método de amostragem por quotas, pelo fato de ser conhecida a população pesquisada e pela possibilidade de atribuir-se pesos de participação de estratos da amostra em função de características de interesse desta população, sendo empregadas, em linha com trabalhos anteriores, as variáveis "região" e "porte" como critérios de estratificação (Chambers & Skinner, 2003, p. 57;Pavlatos, 2015;Vieira & Souza, 2005).…”

Turismo Criativo E Redução Da Pobreza: O Caso Da Bomba Do Hemetério – Brasil

“…A adoção de critérios exclusivamente monetários como medidas de determinação das pessoas inseridas no grupo de pessoas pobres e extremamente pobres não reduz o caráter multidimensional da pobreza que envolve a incapacidade de usufruir, plenamente ou suficientemente de condições de vida que lhes permitam atuar, participar e comportar-se tal como membros de uma sociedade (Lavinas, 2018). Assim, a pobreza se expressa, não exclusivamente, por meio da renda inadequada, da falta de acesso à educação, da saúde precária, da estrutura familiar precária, da insegurança, da baixa autoconfiança, da sensação de impotência e da ausência de direitos, como liberdade de fala (Spenceley & Meyer, 2012;Vieira & Gastal, 2021).…”

“…O cenário específico do bairro da Bomba do Hemetério remonta ao contexto amplo de historicidade da organização da cidade do Recife -PE de forma a excluir as camadas populares dos espaços centrais, reforçando aspectos estruturais da relação de poder entre periferia e centro que acarretam limitações de acesso dos moradores a condições dignas de moradia, educação e alimentação, além da precária estrutura familiar (Vieira & Gastal, 2021). Conforme explicitado na fala do participante E5:…”