A educação para as relações étnico-raciais e os estudos sobre racismo no Brasil

Abstract

Este artigo tem como objetivo fazer a revisão bibliográfica de alguns dos estudos clássicos sobre as relações raciais no Brasil. A revisão engloba o período do início dos anos 30 do século XX até os trabalhos mais recentes, que têm em comum o fato de caracterizarem a discriminação racial como fator importante para a manutenção das desigualdades raciais, reunindo argumentos que fundamentam as reflexões quanto à necessidade da adoção de políticas de ação afirmativa no Brasil, bem como os argumentos que consideram que a pobreza e a desigualdade são os fatores principais que contribuem para a marginalização do negro. Passar a limpo tais teorias e conceitos constitui contribuição significativa para dar efetividade às Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana.

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“…En Brasil, estudio reciente realizado por Denzin (2018) demuestra la importancia y actualidad de investigaciones bajo la temática de la educación para las relaciones étnico raciales, sea en las escuelas (Souza, 2016;Gomes, 2017;Meinerz, 2017), sea en el contextos más amplios (Silva & Tobias, 2016); en educación de adultos (Rosa, 2017), o mismo reflexionando sobre la implementación de políticas públicas (Silva & Santiago, 2016;Araújo, 2017;Cruz, 2017;Oliveira, 2017).…”

ADOLESCÊNCIA À MARGEM: projeto de vida na educação de jovens e adultos

“…Esse conceito, originado por Angela Davis nos Estados Unidos a partir do movimento feminista negro dos anos 1970, reforça a importância de considerar-se, conjuntamente, a classe social, características étnico-raciais e de gênero quando se trata de investigar desigualdades. Isso é importante, pois essas variáveis podem produzir interações e, assim, impactar diferentemente desfechos relevantes (HIRA-TA, 2014;TOBIAS, 2016).…”

“…maior parte da população brasileira, representada por uma maioria preta e de nível socioeconômico mais baixo, possui maiores dificuldades em acessar serviços básicos de educação, saúde, segurança e lazer(SILVA & TOBIAS, 2016). Nesse sentido, essa população é a que mais carece e depende de serviços públicos, assim como de programas assistenciais do governo(MOREIRA, 2018).…”