Acompanhando o Manifesto Invencionista do grupo Arte Concreto Invención argentino, Carlos Drummond de Andrade (re)publicou no número 9, de março de 1947, da revista Joaquim o seu texto “Invencionismo”, previamente publicado no Correio da Manhã, em dezembro de 1946. Um Drummond sumamente informado descreveu, ali, o movimento e fez uma série de críticas. Esse texto, agora, é lido dentro do que aqui chamamos de “constelação Arturo”, as numerosas e várias derivas do grupo que, em 1944, lançou a revista Arturo, em Buenos Aires, e definiu a vanguarda não figurativa, abstrata, concreta ou invencionista no Prata. A variante drummondiana ao projeto seria colocada ali mesmo, na revista Joaquim, e em outra revista contemporânea dela, a revista Anhembi: o re-invencionismo ou a escrita do retorno, onde repetição e memória se cruzam para deixar ver o surgimento das possibilidades que a poeira da história foi deixando quase imperceptível nos seus vestígios.