Clinical pathways of breast cancer patients treated in the Federal District, Brazil

Abstract

OBJECTIVE: To identify the clinical pathways of women with breast cancer treated in public hospitals, and to analyze the factors that influence the time interval between the first appointment and the start of therapy. METHODS: A cross-sectional study was conducted with 600 women with breast cancer treated in nine public hospitals in the Brazilian Federal District. Patients were interviewed between September 2012 and September 2014. Simple and multiple logistic regression models were adjusted to evaluate the variables associated with the time interval studied. The most frequent pathway was the one that started in primary care with following care in the therapy service (28.9%). In the multiple adjustment, factors associated to a longer time interval between the first appointment and therapy were: lower family income (OR = 1.89; 95%CI 1.32–2.68), the first appointment in public services (OR = 1.78; 95%CI 1.20–2.64), care in more than two health services in the clinical pathway (OR = 1.71; 95%CI 1.19–2.44); and obtaining the anatomopathological analysis of the biopsy in public services instead of private health services (OR = 1.87; 95%CI 1.29–2.71). Independently, the implementation of specialist appointment scheduling, with care regulation, was associated with a shorter time interval between first appointment and therapy (OR = 0.33; 95%CI 0.16–0.65). CONCLUSIONS: We observed that multiple pathways were covered by women with breast cancer treated in public services of the Federal District. Socioeconomic iniquities and several aspectos of the pathways covered were associated with a longer time interval between the first appointment and the start of breast cancer therapy.

Temporal changes in breast cancer screening coverage provided under the Brazilian National Health Service between 2008 and 2017

“…In the initial years analyzed in the present study, there was an increase, albeit insignificant, in breast cancer screening coverage, with an APC of 17.7% per year, which could be explained by local actions such as the inclusion of a mobile breast cancer screening program. However, problems related to the maintenance of the equipment, political instability and lack of investment in public health locally [6, 35] are factors believed to be responsible for a fall in breast cancer screening coverage, which decreased from 16% in 2014 to 0.6% in 2016, with a slight increase of 3.2% in 2017, representing an APC of − 47.7%. Although a considerable proportion of the population in the federal district has access to private healthcare, this situation may lead to an increase in diagnoses at advanced stages of the disease in the near future.…”

Tempo entre diagnóstico e tratamento do câncer de mama no Distrito Federal e fatores associados

“…Em Belo Horizonte, também se verificou associação de maior tempo nesse intervalo e piores condições socioeconômicas 14 . Estudos que analisaram outros intervalos de tempo vivenciados pelas mulheres com câncer de mama para obtenção dos atendimentos para o efetivo tratamento dessa doença também verificaram associação de maior atraso com essas condições 8,15 . Dessa forma as mulheres em maior vulnerabilidade social estão mais suscetíveis ao diagnóstico e tratamento tardio.…”

“…Mulheres com menor nível de instrução realizam menos exames preventivos que possibilitam o diagnóstico mais precoce do câncer de mama 17 , além de, possivelmente, conhecerem menos sobre seus direitos e terem maiores dificuldades em transpor barreiras de acesso ao atendimento em serviços de saúde. Aquelas com menor renda familiar provavelmente dependem mais do serviço público para a execução de consultas especializadas e exames diagnósticos 15 , os quais são prestados pelos serviços de média complexidade que são um importante ponto de estrangulamento do SUS com longo tempo de espera 18 . Todos esses aspectos favorecem para que as mulheres tenham diagnóstico tardio, identificando a doença em estadiamento avançado.…”

O imaginário coletivo de mulheres de meia-idade com câncer de mama em tratamento quimioterápico

“…Também constitui um aspecto situacional a questão da disponibilidade no sistema de saúde de tratamento e de uma equipe de profissionais treinados para o cuidado, seja aplicando os protocolos definidos pela ciência biomédica, seja oferecendo uma escuta qualificada para acolher as angústias existenciais demandadas pelas inúmeras e sucessivas decisões e ações que envolvem o curso do tratamento (Barros, Araújo, Murta-Nascimento, & Dias, 2019). No que concerne aos aspectos situacionais, importanta considerar o tratamento disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).…”

“…Os resultados apontaram que mulheres em situação de vulnerabilidade social demoram mais tempo para percorrer esses itinerários. A pesquisa também identificou que o intervalo de tempo entre a primeira consulta e o início do tratamento foi, em média, 211 dias, o que representa um longo período, se levarmos em conta impactos desse tempo no prognóstico e as ressonâncias emocionais dessa postergação (Barros et al, 2019). Desse modo, o fator tempo integrou o olhar lançado ao fenômeno investigado, pois o adoecimento pelo câncer de mama foi compreendido como um fenômeno processual que engloba os momentos anteriores ao diagnóstico (manifestação ou não dos sintomas), o momento do diagnóstico, o momento de realização de etapas de tratamento e o momento pós-tratamento (Rossi & Santos, 2003).…”