2022
DOI: 10.11606/1678-9857.ra.2022.192801
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A cultura dos mitos: do regime de historicidade Karajá e sua potência “fria"

Abstract: Esse artigo toma a caracterização de Lévi-Strauss das “sociedades frias” como inspiração para discutir o regime de historicidade karajá, um povo do Brasil Central. Sua mitologia narra um tempo da criação, onde diversos aspectos do mundo são criados e a humanidade adquire os conhecimentos que hoje a caracterizam enquanto tal. Já a ação no mundo atual não é criadora: antes, as ações fazem aparecer formas já estavam lá, desde o princípio, pois inscritas pelo mito. Dessa maneira, as ações atuais fazem aparecer ou … Show more

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“…24 Há ainda um terceiro tempo, o "tempo do pessoal de hoje" (wijina bòdu mahãdu bàdeu ♂), marcado pela vida juntos aos brancos, sobre o qual não cabe entrar em detalhes aqui. Para uma caracterização mais detalhada sobre a diferença entre esses três tempos, ver Nunes (2016Nunes ( , 2022. 25 Ver íntegra da narrativa em Nunes (2016, pp.…”
Section: Tempo-mundo Aõniunclassified
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“…24 Há ainda um terceiro tempo, o "tempo do pessoal de hoje" (wijina bòdu mahãdu bàdeu ♂), marcado pela vida juntos aos brancos, sobre o qual não cabe entrar em detalhes aqui. Para uma caracterização mais detalhada sobre a diferença entre esses três tempos, ver Nunes (2016Nunes ( , 2022. 25 Ver íntegra da narrativa em Nunes (2016, pp.…”
Section: Tempo-mundo Aõniunclassified
“…Se os Karajá são tão sistemáticos em marcar a diferença entre o próprio e o alheio, por que não o fazem em relação ao xamanismo, para colocar a questão de maneira sintética? Se a discriminação das origens é tão importante para seu modo de criatividade e para o que chamam de inỹ bàdèdỹỹnana, "nosso conhecimento" ou "nossa cultura" (ver Nunes, 2022), por que, nesse caso, as origens distintas dos diferentes curadores não são mais que secundárias? É essa a questão que gostaria de desenvolver nas páginas que se seguem.…”
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