2022
DOI: 10.11606/0103-2070.ts.2022.190441
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Cidade para quais pessoas? Sobre as contradições da reforma do Vale do Anhangabaú

Abstract: O artigo reconstitui algumas das principais mediações e embates em torno do recente projeto de reforma do Vale do Anhangabaú – um dos espaços públicos mais expressivos e disputados de São Paulo – para, consequentemente, problematizar os sentidos de certos léxicos incorporados por diferentes gestões municipais a fim de garantir a coalizão necessária para execução da obra. O destaque fica para o conceito de cidade para pessoas, propagado por Jan Gehl, arquiteto e urbanista dinamarquês. Com tal objetivo, espera-s… Show more

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“…Contudo, novas tendências foram surgindo e o interesse pelo centro antigo começou a ser retomado, tanto pelo setor público quanto pelo privado, numa tentativa de retomar a sua antiga centralidade. Machado (2022) A tônica do documento, por consequência, é em prol de uma "cidade reconquistada", o que seria possível a partir de uma visão holística da qualidade urbana que tivesse como prioridade a acessibilidade a fim de garantir a permanência nos espaços em detrimento da busca unidimensional por mobilidade. O Vale do Anhangabaú, de acordo com a consultoria, poderia se tornar um autêntico equipamento cultural, o que auxiliaria, com efeito, a atrair "a nova economia criativa para a área e encorajar uma interação global (MACHADO, 2022).…”
Section: Referenciando àS Ideias Do Autorunclassified
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“…Contudo, novas tendências foram surgindo e o interesse pelo centro antigo começou a ser retomado, tanto pelo setor público quanto pelo privado, numa tentativa de retomar a sua antiga centralidade. Machado (2022) A tônica do documento, por consequência, é em prol de uma "cidade reconquistada", o que seria possível a partir de uma visão holística da qualidade urbana que tivesse como prioridade a acessibilidade a fim de garantir a permanência nos espaços em detrimento da busca unidimensional por mobilidade. O Vale do Anhangabaú, de acordo com a consultoria, poderia se tornar um autêntico equipamento cultural, o que auxiliaria, com efeito, a atrair "a nova economia criativa para a área e encorajar uma interação global (MACHADO, 2022).…”
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“…A proposta não foi levada adiante, mas voltou a ser discutida novamente em 2013, desta vez dentro do projeto "Centro, Diálogo Aberto", projeto da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), que tinha como objetivo a discussão e requalificação do centro da cidade. Machado (2022) nos mostra que, apesar de extensas pretensões de diálogo do programa com especialistas e representantes da sociedade civil, o diálogo de fato foi feito apenas entre grupos fechados e entre pessoas jurídicas, empresas e grandes bancos. Fato importantíssimo nesta discussão é a entrada do Banco Itaú na discussão: poucos meses após a primeira reunião do "Centro, Diálogo Aberto", a instituição financeira se ofereceu para doar um estudo de reorganização de espaço para o Vale do Anhangabaú, que seria elaborado pela Gehl Architects.…”
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