Fatores associados ao acúmulo de gordura abdominal em crianças

Abstract

Objective:To identify the association of dietary, socioeconomic factors, sedentary behaviors and maternal nutritional status with abdominal obesity in children.Methods:A cross-sectional study with household-based survey, in 36 randomly selected census tracts in the city of Santos, SP. 357 families were interviewed and questionnaires and anthropometric measurements were applied in mothers and their 3-10 years-old children. Assessment of abdominal obesity was made by maternal and child's waist circumference measurement; for classification used cut-off points proposed by World Health Organization (1998) and Taylor et al. (2000) were applied. The association between variables was performed by multiple logistic regression analysis.Results:30.5% of children had abdominal obesity. Associations with children's and maternal nutritional status and high socioeconomic status were shown in the univariate analysis. In the regression model, children's body mass index for age (OR=93.7; 95%CI 39.3-223.3), female gender (OR=4.1; 95%CI 1.8-9.3) and maternal abdominal obesity (OR=2.7; 95%CI 1.2-6.0) were significantly associated with children's abdominal obesity, regardless of the socioeconomic status.Conclusions:Abdominal obesity in children seems to be associated with maternal nutritional status, other indicators of their own nutritional status and female gender. Intervention programs for control of childhood obesity and prevention of metabolic syndrome should consider the interaction of the nutritional status of mothers and their children.

Hábitos alimentares e fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica em escolares

“…Um outro estudo, realizado na Argélia, demonstrou que em adolescentes não obesos, valores de CA elevados foram associados a um maior risco de hipertensão em meninos e de pré-hipertensão em meninas 18 , demonstrando a importância da avaliação deste parâmetro na população jovem. Ainda sobre a influência de hábitos parentais, a obesidade abdominal em crianças foi associada ao estado nutricional materno, outros indicadores de seu próprio estado nutricional e ao gênero feminino, evidenciando a importância da interação do estado nutricional das mães e de seus filhos 31 .…”

Excess weight in a sample of schoolchildren from a city in southern Brazil

“…Observa-se neste estudo que o estado nutricional das crianças estava associado ao estado nutricional de seu cuidador principal. Um estudo realizado por Ribeiro et al 10 observou que o acúmulo de gordura abdominal na criança estava associado ao excesso de peso materno. Alguns estudos que investigam o início precoce da obesidade reforçam a importância da influência do ambiente familiar no risco da obesidade infantil.…”

“…Alguns aspectos perinatais também têm sido descritos na literatura, entre eles, ser filho de mãe mais jovem, idade gestacional, desmame precoce e a introdução de alimentos inadequados nos primeiros meses de vida 7,8,9 . Não obstante, a escolaridade materna, situação conjugal dos pais, ser filho único, bem como o excesso de peso cuidador, parecem ser importantes preditores do excesso de peso infantil, além do acúmulo de gordura abdominal em crianças 5,10,11 . Sabe-se que as dietas e atividades físicas das crianças são moldadas por características familiares e/ ou dos seus cuidadores, incluindo renda, conhecimento sobre alimentação e atividades recreativas 12 .…”

Efeito do tratamento multidisciplinar em adolescentes obesos: um estudo de follow up

“…Sabe-se que indivíduos obesos com aumento da CC apresentam risco maior de desenvolver doenças crônicas como a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) que é uma doença progressiva, incapacitante, com alta mortalidade e morbidade cardiovascular e que pode levar os indivíduos a sintomas como sonolência excessiva, cefaléia matinal, déficits neurocognitivos, alterações de personalidade, sintomas depressivos e ansiedade 29 . Adicionalmente, a CA está relacionada diretamente à localização central da gordura que além de ser fator de risco cardiovascular independente, associa-se a uma série de outras doenças, como a dislipidemia, a hipertensão arterial (HA) e o diabetes mellitus tipo 2 (DM) 30 . O fato de não ganhar peso, demonstra que os protocolos de exercício físico, orientação nutricional e acompanhamento psicológico causaram importantes alterações e manutenção da composição corporal dos indivíduos que concluíram o PTMAO mesmo após dois anos de cessação do tratamento.…”