Avaliar a associação entre o ambiente obesogênico e a ocorrência de sobrepeso/obesidade entre adolescentes. Estudo caso-controle realizado entre julho e outubro de 2018, com adolescentes (10 a 16 anos) matriculados em escolas públicas. Foram definidos como “casos” aqueles que tinham sobrepeso ou obesidade, como “controles” os eutróficos, pareados por sexo, idade e turma. Foram avaliadas características demográficas e relativas ao ambiente obesogênico (por meio de formulário), além do estado nutricional dos cuidadores e adolescentes (através de antropometria). Aplicou-se o teste do qui-quadrado de Pearson, com ajustes de Fisher, quando necessário. Utilizou-se SPSS 22.0 e intervalo de confiança de 95%. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE 84019518.3.0000.5187). O estado nutricional dos cuidadores esteve associado ao dos adolescentes (p<0,01). Com relação às características do entorno do domicílio, observou-se que, à exceção da presença de trânsito intenso, a maioria referiu condições adequadas para a prática de exercícios, entretanto, não houve associação estatisticamente significante com o estado nutricional dos adolescentes, assim como com comportamentos sedentários e hábitos alimentares considerados inadequados. Registrou-se um elevado percentual de adolescentes que não praticam atividade física fora da escola (66%), que passam pelo menos duas horas diárias diante de telas (86%) e que gastam menos de duas horas em atividades que fazem correr (80%). Todos relataram comer fora de casa pelo menos cinco vezes na semana. Para a população estudada, características do ambiente obesogênico não se mostraram associadas ao estado nutricional.