RESUMO Objetivo: sintetizar as evidências de estudos disponíveis na literatura a respeito do benefício do implante coclear em crianças com diagnóstico adicional de transtorno do espectro autista e verificar quais os protocolos utilizados para a avaliação das habilidades de percepção auditiva e de linguagem falada dessa população. Métodos: trata-se de revisão integrativa da literatura. A busca foi realizada nas bases de dados LILACS, PubMed e SciELO e no Google Acadêmico. Foram incluídos estudos nos idiomas português e inglês, que avaliaram habilidades auditivas e/ou de linguagem falada de crianças usuárias de implante coclear com transtorno do espectro autista. Revisão de Literatura: 16 estudos foram incluídos. Em 72,18% dos casos, o diagnóstico do transtorno do espectro autista foi concluído quando a criança já fazia uso do implante coclear. Os estudos demonstram benefício limitado do dispositivo para a população estudada. É necessário que os pais sejam orientados a respeito das expectativas com o uso do dispositivo. Conclusão: o benefício obtido pelo uso do implante coclear por crianças com diagnóstico adicional de transtorno do espectro autista é limitado e inferior aos resultados obtidos por crianças que não apresentam diagnósticos adicionais. Não há um protocolo padronizado para a avaliação das habilidades auditivas e de linguagem dessa população.