INTRODUÇÃO: Mucocele do apêndice (MA) é uma lesão rara, caracterizada pelo acúmulo de secreção mucoíde em sua luz. Diagnóstico precoce é fundamental para evitar o extravasamento de secreção mucoíde na cavidade peritoneal, causando pseudomixoma peritoneal. RELATO DE CASO: Paciente sexo masculino, 62 anos com história de dor abdominal em fossa ilíaca direita há cerca de 6 meses. Realizou uma ultra-sonografia do abdome que evidenciou no flanco direito pequena estrutura cística compatível com MA. Colonoscopia, exames laboratoriais e dosagem do CEA encontravam-se sem alterações. O paciente foi submetido à laparotomia exploradora com ressecção do apêndice e do seu meso em monobloco. O exame histológico mostrou tratar-se de cistoadenoma do apêndice vermiforme. O paciente evoluiu sem intercorrências. DISCUSSÃO: A MA é um achado raro. As principais causas patológicas incluem cisto de retenção, mucocele secundária a epitélio hiperplásico, cistoadenomas e cistoadenocarcinomas. A doença é geralmente assintomática e o diagnóstico pré-operatório é raro. O tratamento para mucocele do apêndice é cirúrgico e a preocupação principal do cirurgião é evitar o extravasamento do conteúdo da mucocele na cavidade abdominal. CONCLUSÃO: A MA é uma entidade incomum e com alto potencial de complicação, usualmente curável com tratamento cirúrgico adequado.
Perianal fistula, usually has a criptoglandular etiology, developing from a perianal abscess and communicating the anal mucosa with the perianal skin. The aim of this paper is to study retrospectively 241 cases of perianal fistula (172 men and 69 women; 2,5:1) aging from 7 and 80 years old (average: 37,4 years), operated on at the Hospital da Clínicas - UFMG, from 1977 to 1996. The surgical techniques and post-operative outcome have been analysed. Perianal abscesses with spontaneous drainage were the predominant etiology (132 patients; 54,8%). Eighty percent were submitted to fistulectomy as the first surgical treatment. Among early complications (78; 32,4%), local pain was the most frequent (60; 24,9%). Among the late complications (136; 56,4%) fistula recurrence (101; 41,9%) was the most frequent. There were 141 reoperations in 80 patients. Fistulectomy was the predominant surgical technique employed for the treatment (101; 71,6%). The average hospitalization time was 6,3 days until 1990 and 1,5 day from 1991 to 1996, after the advent of day-surgery beds in HC-UFMG. The surgical treatment of perianal fístula has a significant rate of post-operative complications and a high recurrence rate, in spite of the short stay in hospital
RESUMO: A intussuscepção intestinal em adultos é rara. Ao contrário do que ocorre na faixa pediátrica, é, na maioria das vezes, secundária a uma lesão definida com potencial significativo de malignidade. O objetivo deste estudo é avaliar retrospectivamente os aspectos diagnósticos e terapêuticos da intussuscepção intestinal em adultos. Foram estudados, retrospectivamente, os dados relativos às causas, à apresentação clínica, ao diagnóstico e ao manejo da doença em 16 pacientes, sendo 10 do sexo feminino (62%) e com média de idade de 49 anos (variação de 19-76 anos). Os principais achados clínicos foram: dor abdominal (100%), náuseas e vômitos (62,5%), massa palpável (62,5%), distensão abdominal (37,5%) e hemorragia digestiva baixa (31,25%). Sete pacientes (43,75%) apresentaram quadro agudo, sendo seis por obstrução intestinal (37,5%). O diagnós-tico pré-operatório foi firmado em 8 pacientes (50%), através de exame clínico associado a ultra-sonografia, tomografia computadorizada, trânsito intestinal ou colonoscopia. Todos os pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico. Em cinco pacientes (31,25%) o segmento acometido foi o intestino delgado; em seis (37,5%) o íleo terminal e a valva ileocecal e em cinco (31,25%) havia acometimento colônico. Causa anatômica patológica foi identificada em 14 pacientes (87,5%), sendo que oito (50%) eram portadores de neoplasias malignas. Os procedimentos de ressecção realizados foram enterectomia (18,75%), hemicolectomia direita com anastomose primária (31,25%) ou ileostomia e fístula mucosa (12,5%), retossigmoidectomia a Hartmann (12,5%), retossigmoidectomia com anastomose primária (6,25%) e colectomia total com anastomose íleo-retal (6,25%). Dois pacientes (12,5%) foram tratados com redução sem ressecção. Complicações pós-operatórias ocorreram em 3 pacientes (seroma, abscesso de parede abdominal e arritmia cardíaca). Não houve nenhum óbito. Embora incomum, a intussuscepção deve ser suspeitada em casos de dor abdominal crônica e recorrente ou de obstrução intestinal. A ressecção está indicada na maioria dos casos devido à presença de lesão potencialmente maligna, como causa da invaginação intestinal. Descritores Trabalho realizado pelo Grupo de Coloproctologia e Intestino Delgado do Instituto Alfa de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte/MG. Recebido em 13/08/2007Aceito para publicação em 29/09/2007 A Intussuscepção intestinal em adultos é uma condição pouco comum, sendo responsável por cerca de 1 a 5% dos casos de obstrução intestinal em adultos 2 , o que faz com que a maioria dos cirurgiões tenha pouca experiência no seu manejo. Aproximadamente 90% dos casos são secundários à lesão orgânica, diagnosticada, quase sempre, no per-operatório 1,4 . Com o constante avanço dos métodos de imagem, maior número de casos têm sido diagnosticados antes da indicação da cirurgia, que se impõe em todos os casos. Permanecem, entretanto, controvérsias quanto à melhor abordagem cirúrgica, tais como o tipo de ressecção, sua exten...
. Inicialmente proposta no câncer de cólon esquerdo obstrutivo, esse procedimento tem sido amplamente empregado em pacientes submetidos a ressecções colônicas em caráter de urgência, principalmente quando há elevado risco de fístula da anastomose, dificuldade técnica, instabilidade hemodinâmica ou peritonite fecal 2,3 . Os pacientes submetidos à operação de Hartmann são geralmente pacientes graves, com comorbidades importantes, sepse abdominal ou com outras condições locais inadequadas para a anastomose primári-as [4][5][6] . Por causa disso, estima-se que apenas 30% a 60% dos pacientes submetidos a esse procedimento são encaminhados para a reconstrução do trânsito intestinal 7,8 . Um estudo recente mostrou que dos 85 pacientes submetidos à operação de Hartmann, 14 faleceram no pós-operatório (16%) 1 . Além disso, sete pacientes faleceram antes da reversão da colostomia ser considerada, 20 pacientes tinham co-morbidades que contra-indicaram a reconstrução do trân-sito intestinal e nove apresentavam câncer residual. No total, apenas 27 pacientes (32%) foram submetidos a uma tentativa de reversão do trânsito intestinal 1 . Isso exemplifica o fato de que a colostomia à Hartmann é realizada em pacientes com condições clínicas ruins ou com doença tumoral mais avançada, resultando em altas taxas de morbimortalidade tanto na operação de ressecção e confecção da colostomia à Hartmann, quanto na tentativa de reversão da colostomia.As taxas de morbidade da operação de reconstrução do trânsito intestinal após procedimento de Hartmann variam entre 10% e 50%, e as de mortalidade chegam até 28% 7,8 . Além disso, aproximadamente um terço dos pacientes submetidos à operação de Hartmann permanecem com colostomia permanente, como mencionado, seja pelo
O presente trabalho, a partir de uma pesquisa bibliográfica e documental, investiga aspectos denatureza político-administrativa no âmbito educacional e sinaliza o esforço normativo do Plano Nacional deEducação (PNE) (2014-2024) para superação dos desafios de ampliação da oferta pública de educação básicaem patamar de qualidade, a efetivação do custo aluno qualidade (CAQ), o padrão nacional de qualidade (PNQ)e o aporte de novos recursos financeiros à educação por meio de contrapartida financeira pela exploração derecursos naturais. Propõe uma reflexão, a despeito das dificuldades de efetivação desses instrumentos, sobrecomo esses elementos podem representar avanços na condução da política educacional brasileira na suplantaçãode desafios históricos do financiamento.
Realizamos um estudo retrospectivo do tratamento cirúrgico do adenocarcinoma gástrico por uma gastrectomia total radical, com reconstrução do trânsito esofagoduodenal pela interposição de uma alça jejunal pediculada. Revisão de trabalhos nacionais e estrangeiros relacionados ao tratamento do adenocarcinoma gástrico pela gastrectomia total radical. De acordo com a operabilidade relacionada ao paciente e à ressecabilidade, à lesão primária e sua evolução, 126 pacientes foram submetidos à interposição de um segmento de alça jejunal após gastrectomia total radical. Ressecção oncológica total do estômago e sistematizada reconstrução técnica do reservatório gástrico e do trânsito esofagoduodenal. Nossos casos evoluíram de maneira satisfatória, não fugindo daqueles estudados na literatura. Ênfase especial foi dada ao procedimento técnico, mais anatômico e muito mais funcional, restituindo ao operado um neoestômago e um trânsito esôfago-intestinal através do duodeno. A interposição de uma alça jejunal pediculada entre o esôfago terminal e a segunda porção do duodeno age como neo-reservatório gástrico. Evita o refluxo esofágico e direciona o bolo alimentar para o delgado através do duodeno, trânsito anatômico e funcional capaz de proporcionar melhor qualidade de vida ao gastrectomizado total.
No abstract
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