Prevalência de quedas em idosos e fatores associadosPrevalence of falls and associated factors in the elderly RESUMO OBJETIVO: O aumento da expectativa de vida e conseqüente crescimento da população de idosos têm gerado modifi cações em seu perfi l de morbimortalidade. Das doenças crônico-degenerativas, as quedas são agravos prevalentes entre aqueles passíveis de prevenção. O objetivo do estudo foi analisar a prevalência de quedas em idosos e a infl uência de variáveis a elas associadas. MÉTODOS:Estudo transversal com amostra composta por 4.003 idosos (65 anos ou mais) cuja coleta de dados foi realizada em 2005. Os idosos residiam na área de abrangência de unidades básicas de saúde de 41 municípios, com mais de 100 mil habitantes, de sete estados do Brasil. Para cálculo do nível de signifi cância dos dados foi usado o teste de Wald para heterogeneidade e tendência linear. A análise ajustada foi realizada por regressão de Poisson, com cálculo de razões de prevalência ajustadas. RESULTADOS:A prevalência de quedas entre os idosos foi de 34,8%, signifi cativamente maior nas mulheres (40,1%). Entre os que sofreram quedas, 12,1% tiveram fratura como conseqüência. A prevalência de quedas associou-se com idade avançada, sedentarismo, autopercepção de saúde como sendo ruim e maior número de medicações referidas para uso contínuo. Não houve diferença na ocorrência de quedas entre os idosos das diferentes modalidades da atenção (unidade de saúde tradicional e Programa Saúde da Família). CONCLUSÕES:A prevalência de quedas entre os idosos poderia ser diminuída com o planejamento de ações voltadas às suas necessidades nas unidades de saúde, especialmente em relação aos fatores associados passíveis de prevenção. DESCRITORES: Idoso. Acidentes por quedas. Fatores de risco. Serviços de saúde para idosos. Estudos transversais.
A pesquisa, desenvolvida dentro dos Estudos de Linha de Base do Proesf analisou o desempenho do Programa Saúde da Família (PSF) em 41 municípios dos Estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Utilizou delineamento transversal, com grupo de comparação externo (atenção básica tradicional). Entrevistou 41 presidentes de Conselhos Municipais de Saúde, 29 secretários municipais de Saúde e 32 coordenadores de Atenção Básica. Foram caracterizados a estrutura e o processo de trabalho em 234 Unidades Básicas de Saúde (UBS), incluindo 4.749 trabalhadores de saúde; 4.079 crianças; 3.945 mulheres; 4.060 adultos e 4.006 idosos. O controle de qualidade alcançou 6% dos domicílios amostrados. A cobertura do PSF de 1999 a 2004 cresceu mais no Nordeste do que no Sul. Menos da metade dos trabalhadores ingressaram por concurso público e o trabalho precário foi maior no PSF do que em UBS tradicionais. Os achados sugerem um desempenho da Atenção Básica à Saúde (ABS) ainda distante das prescrições do SUS. Menos da metade da demanda potencial utilizou a UBS de sua área de abrangência. A oferta de ações de saúde, a sua utilização e o contato por ações programáticas foram mais adequados no PSF.
We conducted a cross-sectional study of a sample of 6,616
IntroduçãoO acesso a medicamentos é um indicador da qualidade e resolutividade do sistema de saúde 1 e um determinante importante do cumprimento do tratamento prescrito. A literatura indica que a falta de acesso é uma causa freqüente de retorno de pacientes aos serviços de saúde 2 .Os medicamentos de uso contínuo assumem grande importância no tratamento de doenças crônico-degenerativas, como a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus, bem como de problemas de saúde mental, morbidades estas que apresentam prevalências crescentes no Brasil em decorrência do envelhecimento populacional 3 . A falta de acesso a medicamentos para tratamento dessas enfermidades pode levar ao agravamento do quadro e aumentar os gastos com a atenção secundária e terciária 2 . Considerando-se que a maioria da população atendida no serviço público de saúde é de baixa renda, a obtenção gratuita é, freqüentemente, a única alternativa de acesso ao medicamento. Nesse contexto, o sistema público de saúde, e em particular o Programa Saúde da Família (PSF), desenvolve ações que visam a acompanhar de forma sistemática os indivíduos com essas morbidades e promover o cuidado integral, incluindo o acesso a medicamentos essenciais 4 .No Brasil, dados populacionais sobre o acesso a medicamentos são raros. A maioria dos estudos avalia o acesso com base na proporção de me-ARTIGO ARTICLE
As mudanças na pirâmide demográfica brasileira e conseqüente envelhecimento populacional têm promovido aumento de doenças crônicas. Nesta realidade, as unidades básicas de saúde e a atividade física ganham importância. Em um estudo com delineamento transversal, avaliou-se a prevalência de sedentarismo e fatores associados em 4.060 adultos e 4.003 idosos, residentes em áreas de unidades básicas de saúde de 41 municípios com mais de 100 mil habitantes, em sete estados do Brasil. A prevalência de sedentarismo foi de 31,8% (IC95%: 30,4-33,2) e 58% (IC95%: 56,4-59,5) para adultos e idosos respectivamente, sendo sempre maior na Região Nordeste e nos homens. Baixa renda familiar foi fator de risco para sedentarismo nos adultos e idosos, enquanto a baixa escolaridade apresentou um efeito somente entre os idosos. Houve relação inversa entre autopercepção de saúde e sedentarismo para adultos e idosos. A prevalência média de sedentarismo foi maior na área de abrangência das unidades básicas de saúde Pré-PROESF em comparação aos outros modelos de atenção básica. Conclui-se que a prevalência de sedentarismo é muito elevada e que os grupos sócio-econômicos mais desfavorecidos apresentam nível menor de atividade física.
IntroduçãoA Declaração de Alma-Ata em 1978 identificou as atividades de atenção primária à saúde que oportunizariam alcançar a meta de "Saúde para Todos" no ano 2000. Dentre essas atividades, destaca-se a educação da população sobre problemas prevalentes e seus métodos de prevenção e controle. Às vésperas de completar trinta anos, a Declaração se mantém atualizada quanto à necessidade de se buscar a prevenção e promoção à saúde de populações, com um crescente reconhecimento científico da relevância da atividade física como estratégia para este fim, inclusive com a identificação de pautas relativas à necessidade de mudança de comportamento, fundamentais para a promoção da saúde e prevenção de doenças.Incorporar novas práticas saudáveis que possam trazer benefícios à população é um dos desafios impostos a toda a estrutura da atenção básica. Mudanças que sejam capazes de se transformar em práticas educativas para a saúde das populações devem ser realizadas a partir de um diálogo com os atores responsáveis pelas diferentes dimensões da atenção básica 1 . Embora na atenção primária à saúde as ações "curativas" (diagnóstico e tratamento) ocupem boa parte do tempo dos profissionais de unidades básicas de saúde, sua participação em atividades educativas, como por exemplo, orientar a realização de atividade física, é fundamental para a difusão de ARTIGO ARTICLE Siqueira FV et al.
Com o objetivo de descrever o perfil das equipes de saúde da atenção básica em 41 municípios com mais de 100 mil habitantes, um total de 4.749 trabalhadores de saúde de dois estados do Sul (1.730) e cinco do Nordeste (3.019) do Brasil foram incluídos a partir de amostra das unidades básicas de saúde tradicionais e do Programa Saúde da Família (PSF). Após consentimento, os trabalhadores responderam a um instrumento auto-aplicado com informações demográficas, sobre o trabalho e a sua situação de saúde. As principais diferenças entre os modelos de atenção foram na constituição das equipes, com o PSF apresentando mais agentes comunitários de saúde, mais mulheres, trabalhadores mais jovens, menor ingresso por concurso, mais trabalhadores com um único emprego, maior precarização nos vínculos trabalhistas, menor satisfação com este vínculo, menor antiguidade no trabalho, maior carga horária, maior especialização na área e melhor remuneração. Pior avaliação de sua saúde e maior proporção de consultas médicas foram igualmente registradas para o PSF. São necessários esforços no âmbito da gestão para apoiar esses trabalhadores, que são a base do sistema de saúde e, protagonistas do seu desenvolvimento e da consolidação da atenção básica.
Necessidades de saúde comuns aos idosos: efetividade na oferta e utilização em atenção básica à saúdeHealth care needs of the old aged: effectiveness in the offer and use of primary health care services Abstract The effectiveness of the primary care offered and the use of these services made by the aged population approached in the baseline studies of the PROESF conducted by the UFPel included 41 municipalities of the States Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Piauí and Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul and Santa Catarina. This transversal study was designed to characterize the structure and work process of 234 UBS, 4,749 workers and 4,003 aged people. The worst social indicators were observed in the Northeast of the country and in the PSF. There was a great need for regular domestic care and the prevalence rates of Systemic Arterial Hypertension (SAH) and Diabetes Mellitus (DM) were high. The use of protocols in domestic care was not very frequent and only half of the workers were capacitated to providing care to SAH and DM. Half of carriers of SAH and DM used the UBS of their region, practically all of them used medication, half of the individuals obtained their medication in the UBS and less than the half participated in the group activities in the UBS. A loss in effectiveness was observed in both in the offer and in the use of services. A comparison showed the performance of the PSF to be better that the traditional model. Key words Health of the aged, Family Health Program, Assessment of health services, Observational studies on public health interventions Resumo A efetividade na oferta de serviços básicos e sua utilização por idosos abordada no Estudo de Linha de Base do Proesf conduzido pela UFPel incluiu 41 municípios dos Estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O delineamento transversal caracterizou a estrutura e o processo de trabalho de 234 UBS, 4.749 trabalhadores e 4.003 idosos. Os indicadores sociais revelaram pior comportamento na região Nordeste e nas comunidades do Programa Saúde da Família (PSF). A necessidade de cuidados domiciliares regulares, a prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e de Diabetes Mellitus (DM) foram elevadas. Metade dos serviços oferecia barreiras arquitetônicas. O uso de protocolos para o cuidado domiciliar foi pouco freqüente e a capacitação para o cuidado de HAS e DM alcançou a metade dos trabalhadores. Metade dos portadores de HAS e DM usaram a Unidade Básica de Saúde (UBS) da área; praticamente todos usavam medicação, a metade obtinha a medicação na UBS e menos da metade participava das atividades de grupo na UBS. Perda de efetividade foi observada na oferta e na utilização de serviços. O desempenho do PSF foi melhor quando comparado ao modelo tradicional. Palavras-chave Saúde do idoso, Programa Saúde da Família, Avaliação de serviços de saúde, Estudos observacionais sobre intervenções em saúde pública
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