O objetivo do artigo é discutir transformações das práticas disciplinares nas representações de sujeitos da educação, entre as décadas de 1910 e 1930. A discussão parte do confronto entre a Pedagogia Tradicional e o movimento da Escola Nova, em que a renovação dos processos disciplinares apresenta-se como condição para a efetivação de um projeto de sociedade moderna, no qual punições e castigos passam a ser compreendidos como práticas ultrapassadas, não científicas, inadequadas à socialização de novos hábitos e valores morais e sociais. A partir de fontes primárias, buscou-se compreender preocupações vigentes no estado de Minas Gerais e, em especial, na cidade de Montes Claros. O estudo alicerça-se em autores como Roger Chartier e Norbert Elias, também utilizando categorias de análise apresentadas pela pesquisadora brasileira Julia Varela, para se pensar as mudanças nas práticas disciplinares: de uma pedagogia disciplinar a uma pedagogia psicológica.
Resumo O presente artigo busca problematizar a formação e atuação de professoras de Matemática no Ensino Superior Norte-Mineiro, considerando a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) como loci de investigação. Foram entrevistadas cinco professoras que lecionam disciplinas de Matemática nos cursos de Licenciatura em Matemática dessas instituições. Entre elas, duas encontram-se lotadas na Unimontes e três no IFNMG. Para nosso estudo, mobilizamos a metodologia da História Oral, utilizando um roteiro de entrevistas que nos possibilitou ouvir, conhecer e aprofundar nas histórias de vida das professoras, revelando-nos seus saberes e fazeres, além de como esses foram e são perpassados pelas relações de gênero. Destacamos que, de modo recorrente, ouvimos nas narrativas das professoras que os discursos naturalistas e cartesianos, a divisão social e sexual do trabalho e o habitus masculino da Matemática foram e continuam sendo os desafios que elas encontram para manterem-se e progredirem na carreira, uma vez que foram estabelecidos, assimetricamente, segundo o molde da cultura machista, patriarcal e androcêntrica que perpassa a esfera do conhecimento.
Objective The study purposed to perform content validation and verification of the reliability of an instrument in the form of a questionnaire, called “ Oral Health Literacy for Diabetics “. It was designed to investigate whether there was access, understanding, appraise and practice of information related to oral health among diabetics. Methods This is a methodological research that was carried out through the application of the Oral Health Literacy for Diabetics between 109 diabetic patients, since at least 60 participants should be considered in studies using test/retest. The research complied with the ethical principles of research. The content validation was performed by dentists, acknowledging the relevance and the ability to measure the levels of literacy of each item of the Oral Health Literacy for Diabetics. The reliability/reproducibility was estimated by the test/retest in an interval of seven to fifteen days by Kappa, using the SPSS®. Results The results showed that the content of the Oral Health Literacy for Diabetics presented relevance and ability to measure the levels of literacy in oral health among diabetics. The results of the Kappa ranged from -0.09 to 1. Only 16 of the 150 questions did not have satisfactory levels of agreement, i.e., Kappa smaller or equal to 0.60. We chose to synthesize the Oral Health Literacy for Diabetics initially with 150 questions, for a version with 30 questions. Conclusion It is concluded that the Oral Health Literacy for Diabetics was considered valid with respect to the content and that a general form its reliability was satisfactory. It is recommended to use the Oral Health Literacy for Diabetics in academia and in health services aiming to improve the quality of life of diabetic patients.
Neste estudo, propomo-nos a pesquisar a construção sociocultural da Matemática como um campo eminentemente masculino. Para isso, lançamos mão de uma revisão sistemática descritiva de literatura, analisando teses e dissertações tanto no banco de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) quanto no catálogo da Capes, no período de 2000 a 2019. Com os descritores “Gênero”, “Mulheres” e “Matemática”, encontramos cinquenta e um trabalhos que, após aplicados os critérios de inclusão e exclusão e lidos os títulos e resumos, chegamos ao número de quatro investigações, as quais passaram a compor nosso corpus de estudo. Nos estudos analisados, pudemos identificar experiências que marcam a invisibilidade das mulheres docentes de Matemática, justificadas, metaforicamente, pelo Teto de Vidro e Labirinto de Cristal; bem como pelas violências simbólicas que foram, culturalmente, desenvolvidas devido ao habitus masculino em que esta ciência foi construída. Os trabalhos analisados mostram que esse habitus não só dificulta a inserção das mulheres na docência em Matemática no Ensino Superior, como também impõe obstáculos para sua permanência, visto que sua proficiência em Matemática não é reconhecida, sua identidade feminina é secundarizada e sua área de atuação, quando se pensam as posições ocupadas por homens, é desprestigiada.
O início da carreira docente constitui uma fase que carece ser examinada no sentido de ampliar as análises sobre esse período. Para cumprir tal propósito realizou-se um estudo que objetivou, em específico, analisar as principais dificuldades enfrentadas pelo professor iniciante. O estudo, de natureza qualitativa, utilizou como procedimentos técnicos a revisão de literatura e a pesquisa de campo. Como técnicas de coleta foram utilizados questionários e entrevistas com professores iniciantes. Os resultados indicam que as dificuldades enfrentadas pelo iniciante constituem importante objeto de análises, podendo lançar luzes não apenas para a licenciatura, mas para a formação continuada e as políticas educativas.
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