Neste artigo discute-se a produção acadêmica entre 2002 e 2011 sobre jovem, juventude e políticas públicas, divulgada em periódicos científicos brasileiros que integram a base de dados SCIELO. Os artigos selecionados foram categorizados em relação à instituição de origem, titulação dos pesquisadores, área do conhecimento da publicação e dos pesquisadores, ano de publicação do artigo, tipo de pesquisa, objetivos, recursos metodológicos, concepção de jovem, juventude e políticas públicas. Constatamos uma concentração de estudos nas áreas de educação, saúde e assistência social. Quanto às concepções de jovem e juventude, predominou a concepção de sujeito com base em fases e estágios claramente marcados pela entrada e saída do trabalho, sendo evidente nesses estudos a lógica de que a tutela se faz necessária, seja da família, do Estado e de Instituições outras, inclusive a Acadêmica. Sob essa lógica se apresentam grande parte das justificativas para a reivindicação de políticas públicas para os jovens nos artigos analisados.
Esse trabalho visa relatar uma experiência de intervenção psicoeducacional no contexto escolar junto a uma turma de educação infantil. O foco principal foi auxiliar na promoção do desenvolvimento e da interação social de um educando com Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID). O autismo leva a um funcionamento diferenciado do sujeito no tocante à reciprocidade social e comunicação, portanto, para que o educando possa participar das interações sociais foram necessárias mediações específicas articuladas com as características singulares da criança, valorizando a inter-regulação da participação do sujeito nas trocas sociais. Os resultados foram bastante expressivos, evidenciando a importância da mediação pedagógica no desenvolvimento psicossocial. De modo geral, foram observadas melhorias significativas na qualidade de interação e comunicação do educando em questão, bem como foram verificadas melhorias na capacidade da turma em acolher diferenças e da professora em flexibilizar suas práticas educacionais à luz de perspectivas inclusivas. Palavras-chave: inclusão escolar; autismo; deficiência.
RESUMO: a educação especial tem sido um contexto de inserção do psicólogo na área educacional. À luz das políticas de inclusão vigentes, a atuação do psicólogo se volta à promoção de práticas educacionais que favoreçam a participação e aprendizado de todos os alunos. A formação de profissionais na área da educação demanda o estudo das necessidades sociais que irão atender. Somente a partir de dados concretos acerca do contexto e das possibilidades de intervenção pode-se identificar os conhecimentos que deverão ser ensinados. Entretanto, são raros os estudos que investigam as formas contemporâneas de intervenção da psicologia na educação especial. Assim, reunir dados sobre essa atuação permite instrumentalizar a reflexão sobre a formação em psicologia educacional. Esse trabalho é resultado de uma pesquisa qualitativa e exploratória que objetivou descrever as características da atuação de psicólogos da Grande Florianópolis vinculados à instituições de educação especial. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas. As categorizações foram decorrentes do dialogo estabelecido nas entrevistas e, portanto, constituídas posteriormente. A análise dos dados permitiu verificar a sobreposição das três formas de intervenção que historicamente definiram a atuação do psicólogo nessa área, a saber, a segregação, a integração e a inclusão, sendo o foco principal de atuação centrada no aluno com queixa escolar e/ou com suspeita de deficiência intelectual. Diante disso, conclui-se esse estudo ressaltando a importância dos psicólogos refletirem sobre as implicações das políticas inclusivas para sua prática profissional. PALAVRAS-CHAVE: educação especial; educação inclusiva; psicologia e educação; pessoas com deficiência.
ABSTRACT:In the field of education, special education has been context in which psychologists have a place. In light of the existing inclusion policies, the work of the psychologist has been directed toward promoting educational practices that benefit all students' participation and learning. The training of professionals in this educational area demands studying the social needs that will be encountered. The only way to identify what kinds of knowledge should be taught is to obtain tangible data about the context and the intervention possibilities. Nevertheless, few studies have been carried out to investigate contemporary forms of psychological intervention in special education. Thus, gathering data about this issue contributes as a basis on which to build reflection and understanding for professional preparation in educational psychology. This article is the result of qualitative and exploratory research designed to describe the procedural characteristics of psychologists
RESUMO: Este artigo problematiza a importância da paisagem sonora para a experiência estética e a educação musical de crianças. Destaca a cidade como produto e produtora de subjetividades, com inúmeras oportunidades educativas. As discussões decorrem da análise, fundamentada em Vygotsky e Bakhtin, de acontecimentos protagonizados por crianças cegas em seus encontros com a cidade. O estudo aponta como fundamentais as experiências sonoras das crianças para a construção dos conhecimentos sobre os lugares visitados, bem como possibilita compreender a potência da cidade para a educação musical.
Neste artigo analisamos cenas emergentes de um projeto de pesquisa-intervenção intitulado "Oficinas de Artes na Queimada”. O projeto investe no dispositivo grupal em encontros com mulheres que residem na periferia da cidade e na participação delas em eventos culturais, acadêmicos e feiras, oportunidade para a comercialização dos colares produzidos nas oficinas. As saídas para esses espaços nos confrontam com cenas em que se evidenciam as violências estruturantes das relações de gênero, classe e etnia em nossa sociedade. Objetivamos analisar algumas dessas cenas e problematizar, a partir da ética de Espinosa e teóricos/as da psicologia social, as forças que constituem a experiência das mulheres na relação com o dispositivo grupal, com a cidade e os efeitos e sentidos que a experiência produz em suas vidas. Analisamos também as relações que estabelecemos com essas mulheres e os deslocamentos que se produzem na direção de uma psicologia implicada com lutas interseccionais.
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