RESUMO: Discute-se neste texto o valor dos memoriais na constituição da identidade docente. Uma das virtudes do memorial é permitir ao seu autor articular, no instante presente, os fios de um passado que não retorna mais e de um futuro ainda em aberto. É uma história que está dentro de outra maior, em que o sujeito é, ao mesmo tempo, resultado e agente componente de sua construção, pois não existe história que não seja feita de fragmentos de outras histórias. Como argumento dessa questão, busca-se tecer uma interlocução entre L. S. Vigotski, sobre a dimensão social da memória, e M. Bakhtin, no que tange à sua compreensão do texto autobiográfico. Para tanto, o desenho metodológico parte da análise de memoriais escritos por educadoras da rede municipal do Rio de Janeiro sobre suas experiências educacionais, a partir da segunda metade do século XX. O foco da discussão fundamenta-se nos aspectos que essas profissionais revelam sobre os indicadores que marcaram a entrada e permanência na vida escolar.Palavras-chave: Memória. Professora. Identidade profissional. Escola.Memorial.
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