Este trabalho é um relato de intervenção realizada pela autora quando técnica da Fundação ITESP (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo), com grupos de mulheres assentadas de São Paulo. Durante o período de um ano e meio, foram realizadas reuniões de grupo semanais, abertas, com duração de aproximadamente duas horas cada. Essas intervenções se orientaram pelos pressupostos teóricos de Pichon-Rivière e de Bleger sobre o trabalho com grupos bem como por uma técnica denominada “clube dos saberes”, utilizados por terapeutas brasileiros no trabalho com pacientes psicóticos. Os grupos possibilitaram a discussão das questões de gênero nos assentamentos e tiveram como resultado um aumento na auto-estima, na autonomia e na capacidade organizativa dessas mulheres. Por outro lado, o trabalho foi dificultado, entre outros fatores, pelo desconhecimento da população rural acerca do que é Psicologia. O artigo termina tecendo considerações acerca do papel da Psicologia na área rural bem como evidencia a necessidade de nos voltarmos para o homem e a mulher do campo e para sua subjetividade.
social movements in rural areas, MST, social psychology, Critical Theories, Theodor Wiesengrund Adorno. simbólico, o próprio pensamento é experiência; pensamento entendido como pensamento pleno, não restringido, que não anula o objeto, mas é uma relação entre este e o sujeito (BENJAMIN, 1983). Nesse sentido, a experiência (Erfahrung) é entendida por Adorno como um processo dialético entre sujeito e realidade, socialmente mediada, baseada na tradição compartilhada, na transmissibilidade e na comunidade, e que tem como características ser uma relação refletida e preenchida com o vivido, ser uma possibilidade de percepção plena, cheia de sentido e que exige uma reflexão e uma imaginação ativa (ADORNO, 1992; BENJAMIN, 1983, 1987). A experiência pressupõe comunicabilidade e compartilhamento entre os homens, isto é, o conteúdo produzido pela experiência pode ser compartilhado e compreendido por um grupo de indivíduos, fazendo sentido para estes. Já a vivência (Erlebnis) é algo imediato, momentâneo, anterior às elaborações mentais que podem ser feitas quando se tem uma experiência (AMATUZZI, 2007). Erlebnis se refere a algo da ordem do privado, do individual, e como tal, não é compartilhável nem comunicável, não servindo para aproximar os homens, nem para significar suas ações. Na vivência, não há absorção do conteúdo, com uma real modificação do indivíduo, mas apenas o "choque", a sensação é fragmentária, cada percepção é alheia às outras, desarticulada uma da outra, meramente subjetiva que se esgota em si mesmo, que não é realmente percebida, elaborada e integrada. Além disso, a vivência é eminentemente solitária, em comparação com a experiência que, como já vimos, pressupõe um compartilhamento de significados, uma história e uma identidade coletiva (ADORNO,
Abstract:The main discussion regarding public policies refers to how the public policies on the social area
scite is a Brooklyn-based startup that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2023 scite Inc. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers