Resumo: O objetivo da pesquisa foi identificar e analisar os Sistemas de Informação em Saúde (SIS) de base nacional que estiveram em funcionamento no Brasil entre os anos de 2010 e 2018, assim como compreender a estrutura de gestão e suporte de Tecnologia da Informação (TI) destes sistemas no Ministério da Saúde. É um estudo descritivo, baseado em análise documental, em que se buscou consolidar dados sobre os SIS de abrangência nacional com base em critérios de seleção referenciados ao conceito de SIS. Os documentos analisados trouxeram dados incompletos e bastante diferentes entre si, evidenciando as diferentes interpretações dos conceitos de sistemas e sistemas de informação em saúde no Ministério da Saúde. Foram encontrados 54 SIS de base nacional em funcionamento no período de 2010 a 2018 e colhidas informações sobre sete núcleos de TI descentralizados em departamentos do Ministério da Saúde, que trabalham de forma autônoma ao Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Ao analisar suas lógicas de funcionamento foram identificados quatro grupos de SIS: um primeiro relativo ao monitoramento de eventos de relevância para a saúde pública, um segundo voltado para um maior controle e monitoramento de programas de saúde do Ministério da Saúde, um terceiro dedicado ao cadastramento geral de pessoas físicas e jurídicas e um quarto que pode ser considerado uma “nova geração” de SIS pois, apesar de serem desenvolvidos e mantidos pelo Governo Federal, se descolam de uma lógica programática verticalizada, destinando-se à racionalização administrativa e melhoria da qualidade da prestação de serviços do SUS em âmbito locorregional.
Trata-se de um estudo descritivo que utilizou documentos e dados oficiais com objetivo de analisar a distribuição da oferta de leitos SUS para tratamento da infecção pelo covid-19 em Pernambuco, por região de saúde. Observa-se interiorização da doença com registro em todas as regiões de saúde, o que ocasionou diminuição da proporção de casos em residentes da Região Metropolitana do Recife, passando de 90,0% para 47,1%. Destaca-se ocorrência de SRAG em 22% dos casos. Quanto à oferta dos leitos, identificou-se crescimento de 1,29 para 4,74 leitos/10.000 habitantes, havendo distribuição homogênea entre as macrorregiões de saúde, condição relevante no enfrentamento à pandemia. Os registros de Autorização de Internação Hospitalar revelaram uma média de 7,05 dias de permanência no leito, aumentando para 9,97 dias nos internamentos em UTI. Por fim, destaca-se o importante legado deixado pela covid-19: o urgente e indispensável fortalecimento da saúde pública brasileira.Palavras-chave: Infecções por Coronavírus, Assistência à Saúde, Regionalização, Planos de Contingência The offer of reference hospital beds to treatment of covid-19 in the health regions of Pernambuco ABSTRACTThis is a descriptive study that used official documents and data in order to analyze the distribution of the supply of SUS hospital beds for the treatment of covid-19 infection in Pernambuco by health region. It been observed an internalization of the disease registrated in all health regions, which caused a decrease from 90.0% to 47.1% in the proportion of cases in residents of the metropolitan region of Recife. The occurrence of SARS stands out in 22% of cases. As for the supply of hospital beds, there was a growth from 1.29 to 4.74 beds per 10,000 inhabitants, with a homogeneous distribution among the health macro-regions, a relevant condition in facing the pandemic. Records of hospitalization authorization revealed an average of 7.05 days in bed, increasing to 9.97 days in ICU admissions. Finally, we highlight the important legacy left by covid-19: the urgent and indispensable strengthening of Brazilian public health.Keywords: Coronavirus Infections, Delivery of Health Care, Regional Health Planning, Contingency Plans
OBJETIVO: Medir o grau de integração do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) da Estratégia e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) com outros Sistemas Nacionais de Informação em Saúde (SNIS), o relacionando à estrutura político-organizacional interna do Ministério da Saúde (MS). MÉTODOS: Trata-se de um estudo de caso de caráter qualitativo. A coleta de dados foi realizada através de análise documental e entrevistas semiestruturadas. Na primeira etapa buscou-se esclarecer quantos SNIS estiveram em uso na Atenção Básica do Sistema Único de Saúde entre 2013 e 2017. Em seguida, para medir a integração, foi aplicado como critério a manutenção das interfaces de captação de dados pelo Ministério da Saúde, mesmo após a implantação do PEC/e-SUS AB. RESULTADOS: Foram identificados 31 SNIS na Atenção Básica. Observou-se que 12 deles foram completamente integrados e em 15 não houve nenhuma unificação de interfaces com o PEC/e-SUS AB. Outros 4 tiverem integração parcial. Ao correlacionar esses dados com a estrutura político-organizacional do MS, verificou-se uma maior integração com os sistemas geridos pelo Departamento de Atenção Básica e uma persistência da fragmentação com os SNIS, especialmente aqueles sob gestão da Secretaria de Vigilância em Saúde. A disparidade entre a integração do PEC/e-SUS AB com os SNIS da Vigilância em Saúde é um sinal da persistência da divisão e da falsa dicotomia entre práticas e processos de Assistência à Saúde e Vigilância em Saúde no Ministério da Saúde – mesmo após 30 anos da fundação do SUS e unificação das estruturas estatais da assistência hospitalar previdenciária e da saúde pública federal no MS. CONCLUSÃO: Apesar de ainda insuficiente, a integração de sistemas efetivada pela Estratégia e-SUS AB, que tem foco na redução de interfaces de usuário, pode ser considerada um fato novo na agenda da política de informação e informática do SUS.
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