Relato de Caso RESUMO A hipertensão arterial pulmonar frequentemente está associada a dor torácica com características anginosas e sua etiologia é desconhecida. A compressão extrínseca do tronco de artéria coronária esquerda pela artéria pulmonar é uma causa tratável e deve ser considerada. É apresentado o caso de uma paciente com hipertensão arterial pulmonar de etiologia esquistossomótica, com angina do peito decorrente de compressão do tronco de artéria coronária esquerda, que foi tratada com stent intracoronário. Os sinais e sintomas isquêmicos foram completamente resolvidos e a ultrassonografia intracoronária, realizada na evolução tardia, mostrou a consolidação do resultado angiográfico.
A febre por mordida de rato, também conhecida como Sodoku, é uma infecção bacteriana causada pela Spirillum minus e que tem como reservatório principal os ratos2. Apresenta distribuição universal, sendo frequente na Ásia, especialmente no Japão e é rara nos Estados Unidos.Clinicamente observa-se, no local da mordida, a presença de uma reação inflamatória caracterizada por uma celulite recoberta de vesículas, após um período de incubação de 1 a 4 semanas (média de 2 semanas). Esta lesão inicial (ponto de inoculação) cicatriza antes que se iniciem sinais ou sintomas, tais como: linfadenopatia regional, linfangite, cefaléia, náuseas, vômitos e febre alta. Artralgiae, mais raramente, erupção cutânea do tipo máculo-papular, especialmente em extremidades (região palmar e plantar) podem ser também encontrados. O ponto de inoculação inicialmente cicatriza para depois ulcerar. Cura espontânea pode ocorrer num período de 4 a 8 semanas3 4.O diagnóstico é predominante clínico e epidemiológico, entretanto a confirmação se faz através da identificação do Spirillum minus (pesquisa de campo escuro ou pela coloração de Wright).O tratamento de escolha é feito com penicilina, embora a eritromicina, estreptomicina, tetraciclina e clindamicina possam ser utilizadas1 4 9 . A mortalidade nos casos não-tratados varia de 10 a 13 %6.
Fundamento: A avaliação da disfunção diastólica do ventrículo esquerdo (VE) apresenta significativo número de disfunções indeterminadas, principalmente quando a fração de ejeção (FE) está preservada. O strain longitudinal global (SLG), e o strain rate sistólico (SRs) e diastólico precoce (SRd), pode ser útil para reclassificar os pacientes assim diagnosticados. Objetivo: Avaliar, com SLG, SRs e SRd, pacientes com disfunção diastólica, comparar com indivíduos saudáveis e verificar o valor aditivo do método. Métodos: Estudados 149 pacientes (idade 62,2 ± 10,6 anos) com disfunção diastólica (49,7% grau 1; 15,4% grau 2; 18,1% grau 3 e 16,8% indeterminada) e 189 indivíduos sadios (idade 44,5 ± 13,3 anos). Aferidas dimensões e função do VE e átrio esquerdo (AE), velocidades Doppler mitral e tecidual e suas relações, SLG, SRs e SRd do VE. Avaliação dos dados pelos testes de Kolmogorov-Smirnoff, Kruskal-Wallis, análise de regressão múltipla e área sob a curva ROC. Dados significativos quando p < 0,05. Resultados: Na disfunção diastólica as dimensões e espessura do VE estavam aumentadas e verificou-se menor FE. O Doppler mitral e tecidual estava alterado e o volume do AE e a velocidade de refluxo tricúspide estavam aumentados. O SLG e SRs estavam diminuídos na disfunção grau 2 e 3 e o SRd diminuído já na disfunção grau 1, correlacionando-se melhor com a disfunção diastólica. O valor de corte da curva ROC para o SRd foi 1,0 s-1. Conclusão: A disfunção diastólica complementada com strain rate miocárdico parece acrescentar sensibilidade e especificidade nos casos em que a função diastólica é indeterminada, podendo ser usado para reclassificar estes pacientes. (Arq Bras Cardiol: Imagem cardiovasc. 2017;30(2):46-53) Palavras-chave: Disfunção Ventricular Esquerda; Complacência (Medida de Distensibilidade)/fisiologia; Ecocardiografia Doppler; Doença da Artéria Coronariana; Ecocardiografia sob Estresse.
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