Objetivou-se com o presente trabalho acompanhar o desempenho fisiológico de sementes de Sesbania virgata (Car. Pers) após diferentes condições e períodos de armazenamento, com posterior submissão à tratamentos de superação de dormência. As sementes foram armazenadas em condições não controladas e de geladeira, por períodos de 0; 35 e 70 dias. Foram empregados após cada período de armazenamento cinco tratamentos pré-germinativos de superação de dormência, ou seja, testemunha, imersão em ácido sulfúrico por 15 minutos, imersão em soda cáustica 20% por 30 e 60 minutos e escarificação com lixa de madeira n°100. Posteriormente, procedeu-se com as seguintes avaliações: teor de água das sementes, porcentagem, índice de velocidade e tempo médio tanto da germinação como da emergência, condutividade elétrica para avaliar a ruptura do tegumento, comprimento e massa seca da parte aérea e do sistema radicular. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, adotando-se um esquema fatorial 2×3×5 (condições de armazenamento × períodos de armazenamento × tratamentos pré germinativos). A escarificação mecânica destacou-se na superação da dormência, a maior liberação de lixiviados foi um indicativo de maior absorção de água, o que resultou no desencadeamento do processo germinativo. O armazenamento em geladeira favoreceu as características referentes à germinação, enquanto o ambiente não controlado resultou nos melhores resultados para os parâmetros de emergência. O armazenamento por 70 dias foi o mais favorável para a conservação da qualidade das sementes de cambaí-amarelo. Desse modo sugere-se para futuros trabalhos a avaliação com períodos de armazenamento mais longos, visando conhecer até que ponto as sementes podem ficar armazenadas sem redução significativa da sua qualidade. Este trabalho mostra ao produtor de mudas que a escarificação com lixa consiste em um procedimento simples e eficaz a ser empregado na superação de dormência, bem como indica uma condição de ambiente satisfatória para a conservação das sementes de S. virgata.
O reflorestamento tem sido incentivado em todo mundo por fornecer uma melhoria no ecossistema terrestre, logo para obter sucesso é necessário utilizar espécies vegetais que sejam compatíveis entre si, com ausência de propriedades inibitórias que afetem e prejudiquem o estabelecimento e com isso venha a restringir a eficiência dos reflorestamentos. No presente estudo, objetivou-se verificar possíveis efeitos alelopáticos exercidos por extratos aquosos de folhas frescas de Capparis hastata e Piptadenia moniliformis sobre as características fisiológicas de sementes de Mimosa hostilis. Foi utilizado para cada espécie o delineamento experimental inteiramente casualizado com cinco tratamentos e cinco repetições. A metodologia científica utilizada neste experimento foi uma pesquisa laboratorial utilizando o método quantitativo. O extrato bruto (100%) de cada espécie foi diluído, nas concentrações 25; 50 e 75%; para o controle utilizou-se água destilada (0%). Foi determinada a porcentagem de emergência, índice de velocidade, tempo médio de emergência, comprimento e massa seca da parte aérea e do sistema radicular. Os resultados demonstraram que os extratos aquosos das folhas de C. hastata e P. moniliformis possuem propriedades inibitórias na germinação e desenvolvimento inicial de M. hostilis, sendo necessário proceder com cautela quanto ao espaçamento entre as espécies por ocasião da adoção de um programa de reflorestamento.
Seed deterioration is an irreversible process. However, techniques such as priming have been used after storage, in order to mitigate the harmful effects of aging. This study aimed to evaluate the physiological performance of A. urundeuva diaspores when stored and, subsequently, subjected to priming and drying, thus testing the hypothesis that hydropriming would mitigate deterioration. A completely randomized design was adopted, in a triple factorial scheme 2x4x4, considering two environments (laboratory and refrigerated chamber), four storage times (0, 45, 90, and 180 days), and four hydration times (0 h/dry diaspores, 5 h, 14 h 30 min, and 23 h 30 min). Emergence, speed index, and the number of days to 50% emergence were assessed, as well as length and dry mass of both shoot and root systems. The storage of A. urundeuva diaspores for 180 days leads to a reduction in their physiological performance, regardless of the environment. The hydropriming times are not effective in attenuating the harmful effects of deterioration. Nevertheless, hydropriming for 23 h 30 min provides a faster seedling establishment.
A Caatinga é um bioma exclusivo do Brasil em que cerca de 80% da sua área já foi modificada. Dessa forma há a necessidade de cada vez mais estudar as espécies vegetais que tenham potencial para a regeneração dessas áreas degradadas. Objetivou-se acompanhar o desempenho fisiológico de sementes de Mimosa tenuiflora, submetidas a tratamentos de superação de dormência após diferentes períodos e condições de armazenamento. Empregou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro tratamentos pré-germinativos de superação de dormência (testemunha, imersão em ácido sulfúrico por 10 e 13 min. e imersão em soda cáustica 20% por 30 min.), após quatro períodos de armazenamento (0; 50; 100; e 150 dias) em ambiente com e sem refrigeração, adotando-se um esquema fatorial 4 x 4 x 2. Determinou-se antes e após cada período de armazenamento as seguintes avaliações: teor de água, porcentagem, índice de velocidade e tempo médio de germinação, porcentagem, índice de velocidade e tempo médio de emergência, comprimento da parte aérea e do sistema radicular e condutividade elétrica das sementes. A utilização do ácido sulfúrico foi eficiente na superação da dormência das sementes de M. tenuiflora, mantendo os valores máximos ao longo dos períodos de armazenamento. A utilização da soda cáustica por 30 min. só é recomendada no início do armazenamento, sendo que a partir de 50 dias há redução do potencial fisiológico das sementes.
Bidens pilosa L. é uma espécie invasora que possui um elevado grau de agressividade em meio as plantas cultivadas, sendo hospedeira de pragas e doenças. A indústria de cosmético a emprega para estimular a renovação celular e o clareamento de manchas por possuir ação anti envelhecimento e pró-colágeno. A jurema preta, espécie presente na Caatinga, é bastante utilizada por seus efeitos terapêuticos, porém é capaz de causar alelopatia em outras espécies. O presente trabalho objetivou avaliar o efeito alelopático de diferentes concentrações de extrato aquoso de folíolos frescos de jurema preta sobre o desempenho germinativo de sementes de picão preto. Foi adotado o delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos – concentrações do extrato aquoso (testemunha – água destilada; 25; 50; 75; e 100%) e quatro repetições de 25 sementes. Foram avaliados os seguintes parâmetros de germinação: porcentagem; tempo médio; índice e coeficiente de velocidade. Constatou-se a influência positiva das diferentes concentrações, principalmente a de 75%, do extrato aquoso dos folíolos de jurema preta sobre as sementes de picão preto, sendo que estas germinaram mais rápido e em maior porcentagem em relação ao uso exclusivo de água destilada. Para o uso alternativo de herbicidas no controle de B. pilosa L. o extrato de M. tenuiflora não é indicado, mas visando atender as indústrias farmacêutica e cosmecêutica por plantas de B. pilosa L., o extrato pode ser utilizado por favorecer a germinação e consequentemente a formação de mudas.
RESUMO: Em ambientes semiáridos as chuvas irregulares dificultam o processo germinativo das sementes das espécies endêmicas, sendo necessário o uso de tratamentos pré-germinativos que acelerem e uniformizem a germinação. Dessa maneira, esse trabalho de pesquisa teve como objetivo avaliar o desempenho fisiológico de diásporos de A. urundeuva quando armazenados em diferentes condições (ambiente controlado – câmara refrigerada e não-controlado – ambiente) e submetidos posteriormente à diferentes tratamentos pré-germinativos de condicionamento fisiológico. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições de 25 diásporos, sendo empregadas duas condições de armazenamento (controlada – câmara refrigerada e não-controlada – ambiente), quatro períodos de armazenamento (0; 45; 90 e 180 dias) e quatro tratamentos pré-germinativos utilizados após os períodos de armazenamento, estabelecendo-se um esquema fatorial 4×4 (períodos de armazenamento × tratamentos pré-germinativos de condicionamento fisiológico). Antes do armazenamento e após cada período de armazenamento e condicionamento foram avaliados: grau de umidade, porcentagem e índice de velocidade de germinação (protrusão da raiz), condutividade elétrica e danos de membranas dos diásporos. O armazenamento dos diásporos de A.urundeuva por 180 dias reduz o potencial fisiológico, independente da temperatura e UR do ar. A condutividade elétrica e os danos de membranas são testes bioquímicos eficientes para acompanhar a redução da qualidade fisiológica dos diásporos armazenados por 180 dias, independente da temperatura e UR do ar. O condicionamento fisiológico realizado após o armazenamento dos diásporos acelera o processo germinativo, podendo ser visto como uma técnica vantajosa no estabelecimento inicial das mudas. PALAVRAS-CHAVE: Astronium urundeuva, Caatinga, priming.
Na região semiárida grande parte das espécies florestais apresentam sementes com germinação lenta e desuniforme ao longo do tempo, por possuírem dormência. Diante do exposto, objetivou-se avaliar as características biométricas de frutos e sementes e a influência de tratamentos pré-germinativos na emergência de plântulas de Libidibia ferrea. Foram mensurados o comprimento, largura e espessura dos frutos e o número médio de sementes por fruto. Os dados de biometria foram submetidos à análise descritiva, sendo avaliados a média, máximo, mínimo, desvio padrão, coeficiente de variação e distribuição de frequência. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado, com oito tratamentos pré-germinativos: controle (ausência de tratamento); imersão em ácido clorídrico durante 5, 10, 15 e 20 minutos; imersão em soda cáustica durante 5 e 10 minutos; escarificação mecânica com lixa n° 150 na região oposta ao hilo e posterior imersão em água durante 24 horas. Foram avaliadas as seguintes características: porcentagem, índice de velocidade e tempo médio de emergência, comprimento e massa seca do sistema radicular e da parte aérea das plântulas. O tamanho médio dos frutos foi de 7,93 mm de comprimento, 23,19 mm de largura e 11,87 mm de espessura e 4,67 sementes viáveis por fruto. O uso da escarificação mecânica com lixa n° 150 na região oposta ao hilo com posterior embebição em água por 24 h, é o método mais indicado na superação de dormência de L. ferrea.
A salinidade é um dos efeitos abióticos que mais prejudicam no crescimento e desenvolvimento das culturas. A alface é considerada moderadamente sensível à salinidade apresentando reduções em sua produção quando submetida a tais condições. Nesse sentido, objetivou-se avaliar as características morfofisiológicas e de produtividade de duas cultivares de alface sob diferentes níveis de salinidades da água de irrigação. O experimento foi conduzido no período de maio a junho na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST), em Serra Talhada – PE. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizados em esquema fatorial 2 x 4, com seis repetições, totalizando 48 unidades experimentais. Os tratamentos resultaram da combinação de duas cultivares de alface (Folha Roxa Quatros Estações e Grandes Lagos Americana) com quatro níveis de salinidade da água de irrigação (N1-0,0; N2-0,9; N3-1,2 e N4-3,0 dS m-1). Os diferentes níveis salinos foram obtidos pela dissolução de cloreto de sódio (NaCl). Foram realizadas análises biométrica, produtividade e fisioquímicas. A cultivar folha Roxa Quatro Estações apresentaram um maior número de folhas vivas e totais e diâmetro do caule. Ambas as cultivaram apresentaram tolerância semelhante quando submetida à irrigação com água salina.
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