ResumoO avanço das iniciativas coletivistas de trabalho tem alcançado amplo destaque nas últimas décadas, o que justifica a importância de discussões que contribuam com suas formas de organização. É neste sentido que o presente trabalho teve por objetivo trazer aportes para fomentar a discussão da autogestão nas organizações solidárias. Para tal, realizou-se uma revisão da literatura, bem como recorreu-se a uma pesquisa participante em uma organização coletivista da Venezuela, com o intuito de elucidar exemplos empíricos que possam aprofundar na fundamentação de práticas da organização do trabalho nos empreendimentos solidários. Enquanto apontamentos, constatou-se que na organização do trabalho o objeto empírico analisado caminha para um conjunto de princípios que visam a negar a lógica de dominação burocrática, dando ênfase a um modo de gestão que preza a distribuição equitativa do capital, a negação das hierarquias e que conciliam o pensar com o agir. No mesmo sentido, a observância de princípios que trazem ideias da equidade em detrimento da igualdade, bem como do consenso em contraponto à votação, apontam para o aprofundamento na constituição de modos de gestão que visam à descentralização do poder. Palavras-chave:Autogestão. Organização do trabalho. Empreendimentos solidários.
A Economia Solidária é hoje um movimento dividido em duas correntes teóricas que dão ensejo a dois projetos políticos distintos: um conservador, de inserção de trabalhadores na economia capitalista, e outro radical, de transformação da economia e estabelecimento de novos valores sociais. Com relação ao projeto radical, vários desafios se interpõem no percurso, desafios estes que se ligam, principalmente, à dificuldade de modifi car os valores que sustentam as novas práticas. Nesse sentido, este trabalho busca demonstrar a contribuição da noção de Imaginário Social na mudança de valores e efetivação de um projeto radical de Economia Solidária. Acredita-se que o entrelaçamento entre estrutura e cultura, entre práticas e valores deve ser indissociável, e ter como pano de fundo e força motriz o imaginário social.
ResumoAs hortas comunitárias urbanas têm alcançado significativo avanço no Brasil enquanto alternativas de desenvolvimento local. Um exemplo é a realidade das hortas de Sete Lagoas (MG), que possuem um histórico de aproximadamente 33 anos. Neste contexto, o trabalho propõe discutir os avanços e desafios das hortas de base agroecológica no município, por meio de um estudo de caso. Os resultados da pesquisa apontam para uma política pública que possibilita geração de renda para os produtores, aumento do abastecimento e segurança alimentar da região. Porém, destaca-se a necessidade de maior apoio para lidar com a limitação de conhecimentos técnicos dos produtores, bem como a importância de relações interpessoais mais solidárias. Apesar dos desafios lançados, sustenta-se que os resultados da pesquisa indicam que o fomento às políticas públicas de agricultura urbana, por meio de hortas comunitárias, apresenta-se hoje como um estratégico mecanismo de incentivo às economias locais.Palavras-chave: Hortas Comunitárias. Agricultura Urbana. Estudo de caso. Abstract The urban community gardens have achieved significant progress in Brazil as local development alternatives. An example is the reality of Sete Lagoas, Minas Gerais, which the guardes have a history of about 33 years. In this sense, the work proposed to discuss the progress and challenges of agroecological gardens in the city
RESUMO O presente artigo teve por objetivo analisar o processo de luta e de resistência vivenciado por catadores de materiais recicláveis, vinculados à Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável (ASMARE), localizada em Belo Horizonte (MG). Em termos metodológicos, adotou-se a História Oral e a Análise do Discurso, buscando analisar trajetórias de vida de associados da ASMARE. Os principais resultados apontam que o trabalho dos catadores ocupa um lugar de contradição na cadeia da reciclagem. Por um lado, existe a geração de renda e a produção de sentidos, que permitem a ressignificação do trabalho dos catadores como agentes ambientais, por outro, as condições em que se inserem ainda são precárias e de invisibilidade social. A árdua ocupação com o trabalho da reciclagem cria o desafio de os catadores lidarem com a constante ambivalência de sua condição, em que o trabalho ressignificado ainda disputa espaço com o preconceito e com a exclusão social.
Resumo: Com o intuito de trazer aportes para a discussão da gestão na Economia Solidária, o presente trabalho, de natureza teórica empírica, propôs-se a realizar um estudo da arte sobre a produção na área de Administração. Enquanto percurso metodológico, recorreu-se ao uso de palavras-chave e títulos que se associam ao tema, investigando as dissertações e teses, os periódicos do Extrato A1 a C da Capes e os congressos na área de Administração entre 1970 a 2013. Enquanto resultados e contribuições, a presente revisão da literatura apresentou o balanço da produção da temática problematizando seus limites e desafios, bem como ilustrou alguns trabalhos que trazem inovações para a discussão da gestão nas organizações de Economia Solidária.
A informalidade se apresenta como um dos fatores marcantes da cachaça de alambique. No estado de Minas Gerais, maior produtor artesanal do país, os índices superavam 98% em 1980. Aportado sob a ótica do trabalho institucional, o objetivo deste artigo foi compreender como se deram as práticas dos gestores da Associação Nacional de Produtores na interrupção da informalidade. Em termos metodológicos recorreu-se a um estudo qualitativo, investigando três décadas de práticas institucionais. Constatou-se que se a desinstitucionalização logrou a redução da informalidade, os desafios não se esgotaram, uma vez que as estruturas legais ainda são um entrave para o setor. Os resultados contribuem com elementos empíricos que reforçam a disrupção, em um contexto teórico ainda pouco explorado na literatura.
<p>Uma análise realizada com base nos trabalhos publicados em eventos nacionais de Administração revela que a Pesquisa-Ação tem sido utilizada, no Brasil, de maneira consideravelmente restrita. Aparentemente, esse fato se deve à dificuldade, por parte dos pesquisadores, de justificarem o mérito acadêmico dessa estratégia metodológica frente à abordagem científica tradicional. Diante disso, supõe-se que uma apropriada compreensão da natureza da Pesquisa-Ação e dos pressupostos que a fundamentam poderia contribuir para sustentar uma argumentação a favor da adequação dessa estratégia. Nesse sentido, o objetivo do trabalho foi recuperar as principais características da Pesquisa-Ação explicitando os traços distintivos que lhe conferem uma identidade particular, legítima e relevante no âmbito da pesquisa científica. Concluiu-se que a Pesquisa-Ação é usualmente adotada quando a problemática pesquisada mostra-se complexa e pouco explorada, demandando uma forte interação dos pesquisadores com o objeto de pesquisa e partindo-se de questões que sejam prioritariamente relevantes para os próprios sujeitos imersos na situação sob estudo. Assim, pode ser considerada uma estratégia de engajamento consideravelmente relevante para as ciências organizacionais em geral, e para as administrativas, em particular.<br /><br /></p>
RESUMO O trabalho propôs sistematizar as pesquisas que avaliaram o desempenho dos beneficiários das ações afirmativas nas universidades estaduais. Por meio de uma revisão integrativa da literatura, buscou-se identificar a sua efetividade a partir de três dimensões: índices de rendimento acadêmico; taxa de evasão; e taxa de diplomação entre cotistas e ampla concorrência. Os resultados indicam que, ao longo dos dezessete anos de políticas afirmativas, os cotistas obtiveram rendimentos similares aos demais estudantes, superando-os, inclusive, nos índices de diplomação e nas menores taxas de evasão. Conclui-se que os dados derrubam o mito de que a qualidade da educação seria pior com as cotas, apesar da relevância do contínuo monitoramento destes resultados, uma vez que, ainda são escassos os enfoques na realidade das instituições estaduais.
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