A cirurgia de traquéia enfrenta dificuldades em acompanhar os recentes avanços da terapêutica cirúrgica. Os resultados cirúrgicos são baseados em trabalhos clássicos desenvolvidos há mais de dez anos. Características específicas de vascularização e de regeneração estão entre os problemas que os cirurgiões enfrentam no tratamento das lesões adquiridas ou congênitas da traquéia. As próteses e o transplante ainda não fazem parte do arsenal terapêutico. Com o objetivo específico de determinar o valor da gordura na viabilidade de aloenxertos traqueais, os autores utilizaram ratos Fischer 344 para estudar a regeneração e a viabilidade de aloenxertos, associados à imunossupressão. Um doador possibilitou o implante de um fragmento traqueal em gordura do subcutâneo de dez ratos e de um fragmento no omento. Estes fragmentos de traquéia foram estudados histologicamente visando determinar a viabilidade. Os resultados demonstraram que a gordura extraperitonial, no rato, não serve para manter a viabilidade de aloenxerto, mesmo utilizando imunossupressão (p<0,05), quando comparada à gordura intraperitoneal.
; Airton Schneider, TCBC-RS 2 RESUMO: Objetivo: O talco é considerado um agente efetivo de pleurodese freqüentemente utilizado no tratamento de derrame pleural maligno. Entretanto, questiona-se sua segurança em relação à carcinogênese. O objetivo deste trabalho é descrever as alterações ultra-estruturais encontradas nas pleuras de ratos submetidos à pleurodese com talco buscando esclarecer sua segurança em relação à carcinogênese. Método: Neste estudo randomizado foram utilizados seis ratos machos do tipo Wistar, pesando 250 g. Através de uma toracotomia mínima no quinto espaço intercostal esquerdo foi colocado lavado de talco em concentrações de 0,5mg (n=2) e 0,1 mg (n=2) de talco por grama de peso. Dois ratos foram apenas anestesiados e foi instilado solução fisiológica (NaCl 0,9%) intrapleural para configurar o grupo controle. Os ratos foram mortos após 45 dias. As alterações morfológicas e morfométricas ultra-estruturais foram analisadas através de microscopia eletrônica de transmissão. Resultados: A análise ultra-estrutural das pleuras submetidas à talcagem demonstrou desorganização celular do tecido conjuntivo, evidenciando alterações nucleares, mitocondriais e espessamento da camada submesotelial. O grupo controle manteve a arquitetura celular preservada. Conclusões: Este estudo revelou alterações da estrutura celular da pleura exposta ao talco quando comparado ao grupo controle. (Rev. Col. Bras. Cir. 2004; 31(6): 345-348 INTRODUÇÃOO talco foi descrito, pela primeira vez, como agente efetivo de pleurodese por Bethune 1 em 1935, cujos estudos foram posteriormente confirmados em modelos animais por inúmeros pesquisadores 2-4 . Essa substância vem-se mostrando claramente superior a outras, como tetraciclina e bleomicina, quanto à efetividade da pleurodese 4 . Pleurodese por instilação de substâncias na cavidade pleural é o procedimento mais comumente utilizado como tratamento de derrame pleural recidivante maligno, embora possa também ser usado em derrames benignos, pneumotórax recorrente, quilotórax e empiema.O uso do talco como agente promotor de pleurodese não é, entretanto, livre de efeitos adversos. Kennedy et al 5 demonstraram que febre, dor de intensidade variável, empiema e falência respiratória podem ocorrer, principalmente ao se utilizarem doses altas de talco. Werebe et al 6 demonstraram rápida absorção das partículas de talco pela pleura, sendo que cristais dessa substância foram encontrados fora da cavidade pleural 24 horas após o experimento. Em estudo subseqüente os mesmos autores relataram a absorção sistêmica e depósitos de cristais em vários órgãos de ratos submetidos à pleurodese com talco.Considerando a ampla utilização do talco como um agente eficaz na indução de pleurodese, objetivamos, através deste trabalho, descrever as alterações ultra-estruturais nas pleuras afetadas pelo talco.Não há evidências de risco de malignidade com o uso de talco. A presença de alterações ultra-estruturais precursoras de neoplasia em pleura de ratos expostos ao talco recomendaria que as indicações da talc...
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INTRODUÇÃO: O uso de ressecção menor que lobectomia para tumores em fase inicial continua em debate. MÉTODO: No período de 1995 até 2000 foram vistos 733 casos de carcinoma brônquico não de pequenas células. Após avaliação clínica e estadiamento cirúrgico, 191 pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico curativo, no qual, 63 com ressecção de tumores localmente avançados e 128 com tumores em estágio inicial (69 segmentectomias e 59 lobectomias). Utilizou-se como critério para indicar o tipo de ressecção o VEF1 pós-operatório mínimo de 800 ml. Foi utilizada segmentectomia estendida, onde a linha de ressecção ultrapassa a linha intersegmentar, incluído parênquima do segmento anexo. RESULTADOS: Entre 128 pacientes, houve 3 óbitos e 10 perdas de acompanhamento. Um total de 62 segmentectomias e 53 lobectomias foram estudadas. Havia 72 adenocarcinomas e 43 carcinomas epidermóide. A sobrevida em 5 anos dos pacientes submetidos à lobectomia foi de 80% (T1N0), 72,7% (T2N0), 50% (T1N1) e 31,8% (T2N1) e à segmentectomia foi de 80% (T1N0), 66,6% (T2N0), 41,1% (T1N1) e 30% (T2N1) (p>0,05). O tamanho do tumor e a presença de linfonodo interlobar positivo foram decisivos para o prognóstico (p<0,001), mas o tipo de ressecção não influenciou na sobrevida e na recidiva local ou à distância (p>0,05). CONCLUSÃO: A segmentectomia estendida pode ser uma opção para o tratamento de tumores em fase inicial em pacientes com reserva funcional limítrofe.
; Airton Schneider, TCBC-RS 3 RESUMO: Objetivo: A doxorrubicina, um dos fármacos mais utilizados no tratamento do câncer, apresenta toxicidade cardiopulmonar acentuada, muitas vezes impedindo o tratamento completo. O tocoferol (vitamina E), por sua vez, demonstrou atenuar os efeitos cardiotóxicos provocados pela doxorrubicina, permitindo o uso de uma dose maior. Em trabalho anterior, desenvolvemos um modelo constante de injúria pulmonar induzida pela doxorrubicina em pulmões de ratos (dose de 7 mg/kg). O objetivo deste estudo é testar o possível efeito protetor do tocoferol no modelo desenvolvido. Método: Utilizou-se 24 ratos Wistar, machos, pesando entre 250-350g. O grupo 1 recebeu soro intragástrico (IG) e soro intravenoso (IV); o grupo 2 recebeu tocoferol IG (400 UI) e soro IV; o grupo 3 recebeu soro IG e doxorrubicina IV e o grupo 4 recebeu tocoferol IG e doxorrubicina IV. Após sacrifício, o bloco pulmonar de cada rato foi analisado histologicamente. Resultados: Os achados microscópicos foram pré-estabelecidos (congestão, hemorragia e necrose). O grupo 1 (controle) não apresentou alterações importantes. O grupo 3 (doxorrubicina) apresentou dano estabelecido previamente. O grupo 4 (doxorrubicina e tocoferol) e o grupo 2 (tocoferol) apresentaram dano importante, mas sem diferença estatística (p>0,05). Discussão: O tocoferol poderia ter efeito na diminuição do dano intersticial, uma vez que tem sido utilizado na proteção cardíaca. Entretanto, não houve diferença em relação aos danos previamente estabelecidos. Descritores INTRODUÇÃOEntre os quimioterápicos utilizados no tratamento de sarcoma, a doxorrubicina, um antibiótico antraciclínico, está entre os mais importantes agentes antitumorais. Seu mecanismo de ação baseia-se na sua intercalação com o Ácido Desoxirribonucléico (ADN) da célula. Assim, muitas funções do ADN são afetadas, sendo uma possível substância mutagênica e carcinogênica 1-3 . A doxorrubicina pode causar cardiotoxicidade em alguns pacientes, a qual se apresenta sob a forma de insuficiência cardíaca congestiva, quando ultrapassado um determinado limite de dose 1,[4][5][6] . Vários estudos têm demonstrado que a doxorrubicina causa cardiotoxicidade em ratos e coelhos. Entre os mecanismos que a causam estão a geração de radicais livres que provocam o aumento da concentração de cálcio no interior das fibras miocárdicas e dano em organelas membranosas da cé-lula [7][8][9][10] .A administração intravenosa de doxorrubicina causa uma maior toxicidade sistêmica quando comparada a um modelo quimioterápico de perfusão pulmonar isolada de doxorrubicina 2 . Alguns trabalhos mostraram que a utilização de alguns potentes anti-oxidantes (probucol e carotenos) previne e diminui as cardiopatias induzidas pela doxorrubicina 3,11,12 .O tocoferol (vitamina E) é um anti-oxidante, também denominado "free radical scavenger", que demonstrou atenuar os efeitos cardiotóxicos provocados pela doxorrubicina Nos últimos anos, estudos demonstraram a viabilidade da perfusão pulmonar isolada de doxorrubicina em modelos experime...
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