Cuidar de uma criança estomizada provoca impactos na família e gera grande demanda de cuidados permanentes e específicos. Esse estudo teve como objetivo compreender a experiência da família de crianças e adolescentes que têm estomias gastrointestinais. Trata-se de estudo qualitativo, em que se utilizou o Interacionismo Simbólico como referencial teórico e a análise de narrativa como método, a fim de apreender a experiência da família. A análise dos dados aponta que as famílias passam por processo dinâmico frente a indicação da necessidade da realização do estoma. A aceitação da condição que no filho é progressiva e, mesmo diante das dificuldades, os familiares apontam otimismo e almejam reinserção deste filho na sociedade, preferencialmente sem dispositivo. Os resultados deste estudo possibilitam aprofundar o conhecimento acerca da experiência da família neste contexto, e isso permite melhorar o atendimento de saúde, avançando nas questões da assistência de enfermagem. Neste contexto, o estudo destaca a necessidade de apoio de uma rede estruturada para a família para acompanhar, orientar e sanar dúvidas existentes do processo de colocação e cuidado ao estoma.