Objetivo: conhecer a percepção de mulheres bissexuais e lésbicas universitárias sobre a heteronormatividade e sua influência na saúde. Método: estudo descritivo, quali-quantitativo, realizado no primeiro trimestre de 2020, com mulheres bissexuais e lésbicas acadêmicas de graduação e/ou pós-graduação por meio de questionário online. Os dados foram tratados pela Análise de Conteúdo e estatística descritiva. Resultados: participaram 163 mulheres, das quais 110 se declararam bissexuais e 53 lésbicas, das quais 140 eram discentes da graduação, idade entre 18 e 29 anos (93,87%), 57% informavam a orientação sexual nos atendimentos em saúde e 28,83% não informavam. Nas percepções a heteronormatividade influência na saúde em 73,62%. Duas categorias foram construídas: “A percepção da heteronormatividade e as implicações culturais, sociais e políticas de saúde” e “A heteronormatividade e as implicações pessoais em saúde”. Pela heteronormatividade tem-se: danos à saúde, mental ou física; orientação sexual invisibilizada; falta de campanhas publicitárias e conhecimento insuficiente dos profissionais de saúde, inclusive sobre as sexualmente transmissíveis. Conclusão: atuar mais sobre a saúde de mulheres lésbicas e bissexuais é importante tanto em termos de políticas públicas, como num maior preparo dos profissionais envolvidos.