2017
DOI: 10.12957/rqi.2017.28458
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Violência Obstétrica No Brasil: Um Enfoque a Partir Dos Acórdãos Do STF E STJ

Abstract: ResumoEste trabalho objetiva analisar e discutir o fenômeno da violência obstétrica no Brasil a partir da análise dos acórdãos do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), propondo-se ainda, fazer uma reflexão sobre a forma de atuação do judiciário diante dos casos. Utiliza-se uma abordagem quanti-qualitativa e o procedimento metodológico de análise documental mediante a avaliação e análise de conteúdo dos acórdãos. Buscas exploratórias através de palavras-chave caracterizadoras d… Show more

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“…As decisões judiciais também não são promissoras na proteção do direito das mulheres a um parto digno. Em pesquisa realizada por da Silva et al (2017) do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF) acerca do tema no período entre 2010 a 2016, as pesquisadoras não obtiveram êxito em encontrar acórdãos com a expressão "violência obstétrica", deixando claro que no Brasil, apesar da criação muitos programas para a redução do mau trato às parturientes, ainda há muita dificuldade para a efetiva proteção das mulheres.…”
Section: Saúde Das Mulheres Gestantes No Mundo E a Proteção Da Mulher Parturiente No Brasilunclassified
“…As decisões judiciais também não são promissoras na proteção do direito das mulheres a um parto digno. Em pesquisa realizada por da Silva et al (2017) do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF) acerca do tema no período entre 2010 a 2016, as pesquisadoras não obtiveram êxito em encontrar acórdãos com a expressão "violência obstétrica", deixando claro que no Brasil, apesar da criação muitos programas para a redução do mau trato às parturientes, ainda há muita dificuldade para a efetiva proteção das mulheres.…”
Section: Saúde Das Mulheres Gestantes No Mundo E a Proteção Da Mulher Parturiente No Brasilunclassified
“…Nos últimos anos, estudos tem demostrado um problema, crescente e alarmante, que ocorre com mulheres durante o parto, com ou sem complicações, representado por intervenções médicas coonsideradas desnecessárias além de uma disseminação de práticas abusivas e desrespeitosas em relação às parturientes em todo o mundo (Sadler et al, 2016). Existem muitas instituições de saúde, não apenas no Brasil, mas em países do mundo todo, que em prol do uso da tecnologia e devido à falta de humanização do atendimento violam os direitos reprodutivos das mulheres durante o parto, por meio de atitudes que se convertem em formas naturalizadas de violência (Silva & Serra, 2017).…”
Section: Introductionunclassified
“…O reconhecimento dessa realidade fez surgir o termo violência obstétrica, que corresponde a uma forma específica da violência de gênero, já que ocorre uma arbitrariedade do saber por parte de profissionais da saúde no que tange o controle do corpo e da sexualidade das gestantes. Dentro dessa expressão estão reunidas todas as formas de violência e iatrogenias obstétricas, ou seja, enquadram-se nesse conceito todos os atos praticados, seja no corpo da mulher, seja no corpo do neonato, os quais são realizados sem o devido consentimento ou informação prestada à paciente (Silva & Serra, 2017). O termo foi idealizado pelo médico obstetra, Rogelio Pérez D´Gregório e desde então, sua criação tem guiado lutas no movimento feminista em prol da extinção desses atos e da punição daqueles que o cometem (Mariani & Nascimento Neto, 2016).…”
Section: Introductionunclassified