Violência contra crianças e adolescentes em Manaus, Amazonas: estudo descritivo dos casos e análise da completude das fichas de notificação, 2009-2016*

Abstract

Objective: to describe cases of violence against children and adolescents and completeness of notification forms registered on the

Perfil epidemiológico da violência contra crianças e adolescentes: uma análise das notificações compulsórias no Estado da Paraíba

“…Por se tratar de um problema complexo, multifatorial e influenciado por aspectos socioeconômicos e culturais, os estudos acerca dessa temática podem apresentar divergências no que se refere ao padrão epidemiológico dos maus-tratos de crianças e adolescentes, principalmente no Brasil, devido a sua ampla extensão territorial e diversidade social (Oliveira, et al, 2020). De maneira geral, as notificações analisadas no presente estudo foram, na sua maioria (54,6%), relacionadas a crianças e adolescentes do sexo masculino.…”

“…A maior prevalência no sexo masculino permanece em todas as faixas etárias, com exceção da faixa de 10 aos 14 anos, onde percebe-se o predomínio das notificações relacionadas ao sexo feminino. Todavia, estudos conduzidos em outros estados do Brasil, constataram que a maioria das vítimas, em geral, são do sexo feminino, com percentuais variando entre 53,1% e Development, v. 9, n. 10, e1359108421, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i10.8421 83,53% (Rates, et al, 2016;Cezar, Arpini & Goetz, 2017;Alves, et al, 2017;Honorato, et al, 2018;Ferreira, Côrtes & Gontijo, 2019;Silva, et al, 2020;Oliveira, et al, 2020). É importante salientar que esses dados devem ser interpretados com cautela, tendo em vista que nem todos os estudos mencionados abrangeram a faixa etária de 0 a 19 anos, visto que, alguns avaliaram apenas a infância (Rates, et al, 2016;Ferreira, Côrtes & Gontijo, 2019).…”

“…As notificações da violência, de um modo geral, são mais frequentes nos últimos anos da infância e na adolescência (Cezar, Arpini & Goetz, 2017;Alves, et al, 2017;Honorato, et al, 2018;Oliveira, et al, 2020;Silva, et al, 2020;Santos, et al, 2020). No presente estudo, verificou-se que jovens na faixa etária de 15 a 19 anos, de ambos os sexos, são os mais acometidos pela violência.…”

“…No entanto, outros estudos apontam a faixa de 10 a 14 anos como a mais crítica para o surgimento desse agravo (Alves, et al, 2017;Silva, et al, 2020;Oliveira, et al, 2020). Podese associar tais achados ao fato de os adolescentes estarem mais conscientes de seus direitos e por serem mais autônomos em relação às crianças, possibilitando uma maior procura por apoio em serviços especializados, procedendo à notificação do fato (Honorato, et al, 2018).…”

“…Outra hipótese sugerida é que, de fato, o responsável pela agressão foi alguém conhecido ou até membro da família, mas, por algum motivo, a vítima optou por não identificá-lo. Nos demais estudos, os principais agressores foram os pais (Rates, et al, 2016;Cezar, Arpini & Goetz, 2017;Ferreira, Côrtes & Gontijo, 2019;Oliveira, et al, 2020), conhecidos (Alves, et. al, 2017;Honorato, et al, 2018;Silva, et.…”