A avaliação da inteligência no Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem ganhando espaço na pesquisa científica, indicando uma tendência a resultados intelectualmente superiores, com QI elevado, quando avaliados por testes não verbais de inteligência. Este estudo avaliou a inteligência de 30 crianças com idade entre 5 anos 11 anos e 9 meses, diagnosticadas com TEA, grau leve e moderado, utilizando como instrumentos, os testes não verbais de inteligência, Matrizes Progressivas Coloridas de Raven e o Teste Não Verbal de Inteligência para Crianças (R-2), visando ampliar os estudos relacionados à avaliação da inteligência de crianças com TEA e verificar dentre os instrumentos padronizados, disponíveis no Brasil, os mais adequados. Os dados foram analisados de forma padronizada, avaliando o percentil e escore padrão (QI) da amostra, segundo normas de cada teste e os resultados evidenciaram inteligência dentro da média no Raven e médio superior no R-2, reforçando estudos anteriores. Os escores foram analisados pelo coeficiente de Pearson evidenciando alta correlação e convergência entre os testes (coeficiente r=0,89) creditando o R-2, como um instrumento psicométrico potencial na avaliação deste público alvo. Pesquisas como esta, podem ampliar o conhecimento acerca do constructo inteligência no TEA e paramentar a escolha dos testes não verbais, como instrumentos favoráveis na avaliação da inteligência deste público alvo.