Uso de substâncias psicoativas em adolescentes brasileiros e fatores associados: Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares, 2015

Abstract

RESUMO: Objetivo: Analisar o uso de substâncias psicoativas (tabaco, álcool e drogas ilícitas) em escolares em relação a fatores sociodemográficos, contexto familiar e saúde mental. Métodos: Foram utilizados dados da amostra de 102.301 escolares do nono ano da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2015. Realizou-se o cálculo da prevalência de uso de tabaco e de álcool nos últimos 30 dias e experimentação de drogas, segundo variáveis sociodemográficas, contexto familiar e saúde mental. Procedeu-se a análise univariada, por teste do χ2 de Pearson e cálculo das odds ratios (OR) não ajustadas. Por fim, realizou-se análise multivariada para cada desfecho com as variáveis que apresentaram associação com os desfechos (p < 0,20), calculando-se as OR ajustadas com intervalo de confiança de 95%. Resultados: A prevalência de uso de tabaco foi de 5,6%; do uso de álcool, 23,8%; e da experimentação de drogas, 9,0%. A análise multivariada apontou que, no contexto familiar, morar com os pais, fazer refeição com pais ou responsável e a supervisão familiar foram associados a menor uso de substâncias; enquanto faltar às aulas sem consentimento dos pais aumentou a chance de uso. Maior chance do uso de substâncias esteve ainda associada a cor branca, aumento da idade, trabalhar, sentir-se solitário e ter insônia. Não ter amigos foi associado com uso de drogas e tabaco, porém foi protetor para o uso de álcool. Conclusões: A supervisão familiar foi protetora do uso de substâncias psicoativas em escolares brasileiros, enquanto trabalhar, sentir-se solitário e ter insônia aumentaram suas chances de uso.

Supervisão dos pais e o consumo de álcool por adolescentes brasileiros: análise dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2015

“…There was a higher prevalence of alcohol use among working adolescents, corroborating the findings of other studies 2,12,21 . One possible explanation for this association is the fact that working adolescents acquire greater independence and proximity to adult roles 21 .…”

“…The use of alcohol by adolescents in Brazil was similar to that verified by previous studies, including PeNSE estimates with a sample of 9 th grade students, emphasizing that in 2009, only school students from Brazilian capitals were included 6,[10][11][12] ; and slightly higher than that found by other Brazilian studies 8,9 . Regarding the international scenario, the frequency of consumption was slightly lower than that found in other countries, as presented in an American study with 2,000 schoolchildren participating in the different waves of the Add Health survey, which showed a prevalence of 40 to 50% of alcohol consumption 1 (although the methods used to measure alcohol use differed).…”

“…Nationally, the Study of Cardiovascular Risks in Adolescents (ERICA), with students aged 12 and 17 enrolled in public and private schools in 273 Brazilian municipalities, revealed a prevalence of 21.2% of alcohol use in the last 30 days 9 . Data from the National Schoolbased Health Survey (PeNSE) for 2009, 2012 and 2015 showed a percentage of alcohol use of 27.3, 26.1 and 23.8%, respectively, among students in the 9 th year of primary school [10][11][12] . However, the relation between alcohol consumption among adolescents and the family environment was not explored in these recent investigations, which was the aim of this study with PeNSE data for 2015.…”

Experiência de usuários acerca do uso de drogas

“…Já uma pesquisa fundamentada em dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) confirmou que a prevalência de uso de álcool, tida como consumir bebida alcoólica pelo menos um dia nos últimos 30 dias, manifestouse pertinente em adolescentes com 15 anos ou mais de idade (22) .…”

Therapeutic help to individuals using and abusing of psychoactive substances

“…An innovative fact, since no research was found showing this variable for discussion. On the other hand, it was found in another study that having family was a protective factor for non-use of the drug (16) . Regarding the outcome "use of licit and illicit drugs," the age factor (≥18 years old) remained associated.…”