“…No presente estudo, foram reportados ainda desafios e dificuldades, designadamente ao nível da mediação de conflitos entre as crianças e da interpretação da comunicação não-verbal. Relativamente ao primeiro aspecto, refira-se que, em vários casos, a experimentação de estratégias propostas pela abordagem HighScope (HIGH/SCOPE EDU-CATIONAL RESEARCH FOUNDATION, 2003) em articulação com ideias oriundas do trabalho de Singer e colaboradoras (SINGER, 2002;SINGER, 2003;SINGER;DE HAAN, 2007;SIN-GER;HÄNNIKÄINEN, 2002) apoiaram as estagiárias na mediação de conflitos entre pares. Dentre estas, destacam-se os seguintes princípios e estratégias: (i) respeitar a perspectiva da criança e a sua lógica-na-ação, ou seja, as estratégias não-verbais (gestos, expressões faciais, elementos prosódicos e proxémicos) através das quais as crianças muito pequenas coconstroem significado; (ii) incorporar ciclos de reconhecimento, resolução e reconciliação, visando a confirmação positiva das ideias das crianças envolvidas, a obtenção de uma visão justa a outras dimensões pedagógicas (refira-se, a título ilustrativo, o excerto do RE_3 apresentado anteriormente).…”