Urban parks, global politics sustainable development

Abstract

Este artigo, através de análises teóricas, discute os parques urbanos, seus propósitos e significados como "espaços verdes". Compreende-os como elementos discursivos no conjunto das práticas espaciais desencadeadas na cidade, cujas justificativas são a melhoria da qualidade ambiental e de vida e a noção de desenvolvimento sustentável, disseminadas pela ONU posteriormente à década de 1970. Esta noção passou a nortear políticas públicas e privadas e apresenta reflexos importantes na produção do espaço urbano. Os parques, como um dos elementos desse discurso, exprimem-se pelos atributos ecológicos que lhes são associados. No entanto, contraditoriamente, apresentam-se como alegorias, simulacros de natureza no espaço e no tempo. Um equipamento urbano que altera a dinâmica da produção, reprodução do espaço e valorização do lugar, e por isso não pode ser compreendido como simples elemento na paisagem.

Parques Urbanos: Espaços Privilegiados De Atenção a Saúde Mental E Inclusão Social

“…Os munícipes das regiões urbanas sofrem direta e constantemente as consequências do chamado desenvolvimento e os parques urbanos surgem como possibilidade de ofertar "simulacros florestais", como denominados por Gomes (2014), favorecendo a regulação de purificação do ar e também do clima. Os parques urbanos podem proporcionar vegetação e corpos d'água, que venham colaborar na purificação do ar e em minimizar o impacto das "Ilhas de Calor" 2 , nome dado a "anomalia térmica resultante, entre outros fatores, das diferenças de absorção e armazenamento de energia solar pelos materiais constituintes da superfície urbana" (OLIVEIRA, apud Costa, 2009).…”

“…A impossibilidade de efetivação de planejamentos que possam corresponder às necessidades socioambientais da população, bem como cumprir as exigências legais relativas ao uso do solo e do direito ao território colocam a discussão desse espaço no centro das atenções e debates relativos ao planejamento das gestões governamentais. Gomes (2014) infere que as mudanças dos espaços urbanos foram estimuladas pelas políticas públicas, e amplamente influenciadas pelo discurso de melhoria ambiental e qualidade de vida apresentados pela ONU -Organização das Nações Unidas na década de 70. Neste contexto, os parques urbanos se destacam como elementos relevantes, mas pouco utilizados além de proporcionar espaços para práticas de lazer, cultura e esportes mas com poucas ações voltadas para as pessoas que necessitam de cuidado na saúde mental.…”

Valoração do Parque Ecológico de Valparaíso de Goiás

“…Esta técnica é conhecida por bidding games ou jogos de leilão, pois o participante é estimulado a responder se um determinado valor é o ideal para ele, se disser que sim, aumenta-se o valor até chegar ao valor que ele não está mais disposto a pagar. Se o valor mínimo anunciado ao entrevistado ele já não estiver disposto a pagar, reduz-se um pouco mais o valor até chegar ao quantitativo que ele se dispõe a pagar (MOTTA, 1997;FREEMAN, 2003).…”

“…Percebe-se pelas respostas que os visitantes têm mostrado preocupação com as questões ambientais e desejam cuidar do bem ambiental para permitir que outras gerações também tenham o direito de desfrutar de um ambiente ecologicamente sustentável e preservado. Esta preocupação também foi demonstrada pelos visitantes em outros trabalhos (VILANOVA, 2008;GOMES, 2014;VASCONCELOS, 2014;ALVES et al, 2017).…”

Cidades Inteligentes: estratégias tecnológicas e inteligentes para o planejamento e gestão de cidades

“…É evidente o impacto do desmatamento, que reduz a capacidade da natureza de purificação do nosso ar, além do impacto maléfico do desenvolvimento industrial e tecnológico, exaltado pelo capitalismo universal e que começa a preocupar-se com a sustentabilidade há pouco, tendo neste conceito um tripé de difícil equidade entre o capital, o natural e o social.A ONU afirma que em 2050 seremos 6,3 bilhões de pessoas no mundo, habitando em cidade de pequeno e médio porte. O crescimento humano deste período será o mais acelerado de nossa história, impactando na biodiversidade, nos habitats naturais e nos serviços ecossistêmicos; e há a necessidade de se buscar possibilidades de atuação para a saúde, em especial a saúde mental.Os munícipes das regiões urbanas sofrem direta e constantemente as consequências do chamado desenvolvimento e os parques urbanos surgem como possibilidade de ofertar "simulacros florestais", como denominados porGomes (2014), favorecendo a regulação de purificação do ar e também do clima. Os parques urbanos podem proporcionar vegetação e corpos d'água, que venham colaborar na purificação do ar e em minimizar o impacto das "Ilhas de Calor" 2 , nome dado a "anomalia térmica resultante, entre outros fatores, das diferenças de absorção e armazenamento de energia solar pelos materiais constituintes da superfície urbana" (OLIVEIRA, apudCosta, 2009).…”