http://dx.doi.org/10.5007/1984-9222.2015v7n13p177Este texto discute a participação de trabalhadores livres nos festejos pela abolição da escravidão realizados na Corte. Entre eles estão funcionários públicos, tipógrafos e caixeiros. Enquanto os primeiros tiveram o privilégio da folga para celebrar a liberdade dos escravos, os caixeiros precisaram acionar os jornais para reivindicar a participação na festa. Essa dificuldade, de certo modo, estava ligada à própria condição vivida por eles no seu cotidiano de trabalho. Por outro lado, os tipógrafos se viam como trabalhadores importantes para a lei, por terem também atuado na sua confecção gráfica, podendo facilmente celebrar a abolição através de préstitos e confecção de jornais especiais. Apesar do 13 de Maio inaugurar um novo momento no mundo do trabalho, ainda era preciso eliminar algumas relações de dependência e precariedade vivida por trabalhadores livres.