2022
DOI: 10.31505/rbtcc.v23i1.1687
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Uma homenagem a João Claudio Todorov

Abstract: Abordar os temas morte e luto não é tarefa fácil, embora imprescindível para psicólogos. Esses assuntos se tornam ainda mais relevantes em situações de grande crise (como num contexto de pandemia) e, também, quando falamos da morte de pessoas famosas, por conta da comoção gerada pela perda. O luto é um processo comportamental complexo e, em seu tratamento, o indivíduo deverá aceitar a realidade da perda e aprender a viver em um mundo sem a presença física daquela pessoa, entrando em contato com novos reforçado… Show more

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“…Algumas variáveis podem auxiliar a identificar a possibilidade de configuração do luto complicado, como: tipo de vínculo do enlutado e a pessoa que faleceu; o ciclo vital da pessoa falecida, tipo de morte, acesso ao corpo, possibilidade anterior de resolução de pendências (Braz & Franco, 2007)� Algumas dessas variáveis puderam ser observadas, por exemplo, durante a pandemia de COVID-19, dificultando a elaboração do luto diante da morte de entes próximos. A impossibilidade da realização dos rituais para a despedida, a alta taxa de mortes em um curto período de tempo, a ocorrência de mais de um óbito em um mesmo núcleo familiar e a impossibilidade de contato entre os pacientes e familiares durante as internações são exemplos dessas variáveis (Crepaldi, Schmidt, Noal, Bolze, & Gabarra, 2020)� O processo de luto acompanha perda de reforçadores importantes ao sujeito ( de-Farias, et al, 2021), expondo-o a contingências aversivas que contribuem para a apresentação de fugas e esquivas� Consequentemente, a não exposição às contingências, devido à fuga e esquiva impossibilita ao sujeito entrar em contato com reforçadores relevantes para sua vida (do Nascimento, Nasser, Amorim & Porto, 2015)� Dessa forma, diante do cenário da terminalidade, o psicólogo pode criar condições que previnam o luto complicado, por meio da escuta não punitiva e da validação dos sentimentos verbalizados� Nessa perspectiva, criar um contexto comunicacional efetivo se faz importante, visto que os pacientes ou acompanhantes podem esquivar de falar sobre o assunto (Torres, 2010), e assim, impossibilitar a identificação de estímulos sob os quais tal comportamento referente ao luto complicado é função� A intervenção envolve ensinar a pessoa a viver sem o vínculo perdido, identificando novos reforçadores (de-Farias, et al, 2021)� Portanto, o encaminhamento à psicoterapia analítico-comportamental para acompanhamento do luto pode ser considerada uma conduta favorável e adequada (do Nascimento, et al, 2015). Em contexto hospitalar, intervenções que promovam um contexto comunicacional, juntamente de condições que previnam o luto complicado por meio da escuta não punitiva e validação dos sentimentos dentro do ambiente de saúde, também são necessárias.…”
Section: Luto Complicadounclassified
“…Algumas variáveis podem auxiliar a identificar a possibilidade de configuração do luto complicado, como: tipo de vínculo do enlutado e a pessoa que faleceu; o ciclo vital da pessoa falecida, tipo de morte, acesso ao corpo, possibilidade anterior de resolução de pendências (Braz & Franco, 2007)� Algumas dessas variáveis puderam ser observadas, por exemplo, durante a pandemia de COVID-19, dificultando a elaboração do luto diante da morte de entes próximos. A impossibilidade da realização dos rituais para a despedida, a alta taxa de mortes em um curto período de tempo, a ocorrência de mais de um óbito em um mesmo núcleo familiar e a impossibilidade de contato entre os pacientes e familiares durante as internações são exemplos dessas variáveis (Crepaldi, Schmidt, Noal, Bolze, & Gabarra, 2020)� O processo de luto acompanha perda de reforçadores importantes ao sujeito ( de-Farias, et al, 2021), expondo-o a contingências aversivas que contribuem para a apresentação de fugas e esquivas� Consequentemente, a não exposição às contingências, devido à fuga e esquiva impossibilita ao sujeito entrar em contato com reforçadores relevantes para sua vida (do Nascimento, Nasser, Amorim & Porto, 2015)� Dessa forma, diante do cenário da terminalidade, o psicólogo pode criar condições que previnam o luto complicado, por meio da escuta não punitiva e da validação dos sentimentos verbalizados� Nessa perspectiva, criar um contexto comunicacional efetivo se faz importante, visto que os pacientes ou acompanhantes podem esquivar de falar sobre o assunto (Torres, 2010), e assim, impossibilitar a identificação de estímulos sob os quais tal comportamento referente ao luto complicado é função� A intervenção envolve ensinar a pessoa a viver sem o vínculo perdido, identificando novos reforçadores (de-Farias, et al, 2021)� Portanto, o encaminhamento à psicoterapia analítico-comportamental para acompanhamento do luto pode ser considerada uma conduta favorável e adequada (do Nascimento, et al, 2015). Em contexto hospitalar, intervenções que promovam um contexto comunicacional, juntamente de condições que previnam o luto complicado por meio da escuta não punitiva e validação dos sentimentos dentro do ambiente de saúde, também são necessárias.…”
Section: Luto Complicadounclassified