no período de outubro de 2017 a fevereiro de 2018. Foram entrevistados 16 (dezesseis) profissionais do Serviço Social dos referidos serviços em seu exercício profissional de assistentes sociais nos serviços de saúde mental. A pesquisa utilizada foi de tipo explicativa, já que se ocupou com o porquê dos fenômenos observados e, segundo as suas fontes de dados, se caracteriza também como uma pesquisa de campo. Os dados primários foram organizados em duas dimensões: dados qualitativos, analisados com base na análise de conteúdo por categorização; e, os dados quantitativos, foram organizados a partir de gráficos e quadros. O debate sobre o exercício profissional é recorrente no interior da categoria profissional, sendo também recorrentes as inflexões sofridas e as tendências assumidas no exercício profissional. Desse modo, indagou-se se o exercício profissional no campo da saúde mental revela a ocorrência do sincretismo, conforme estudos de Netto (2005) e Maranhão (2016). O resultado da pesquisa trouxe a presença de três tendências no exercício profissional: a clínica, a instrumental e a crítica. Entende-se que elas expressam um determinado movimento sincrético na atuação dos assistentes sociais na saúde mental, alternando-se de tal forma que o mesmo profissional assume em momentos distintos do cotidiano profissional elementos característicos de cada uma dessas tendências. Portanto, concluiu-se que o caráter sincrético da profissão como resultado inúmeros fatores, tais como: identidade profissional, falta de formação continuada, restrição das condições de efetivação das políticas sociais, hegemonia dos saberes psi; falta de qualificação do social, ofensiva neoliberal e o próprio argumento do sincretismo na profissão.