O objetivo do presente estudo foi elucidar em que termos acontece a inclusão de mulheres como treinadoras de equipes profissionais de futsal no Paraná. Para tanto, foram entrevistadas as cinco mulheres registradas como treinadoras na chave ouro do campeonato paranaense, com 38 ± 8 anos de idade, com 18 ± 6 anos de profissão, tendo suas respostas organizadas de acordo com a teoria da análise de conteúdo de Bardin (1977). No que diz respeito à inserção no esporte, nota-se que se dá através dos círculos sociais compostos de família e amigos primeiramente como expectadoras, passando para atletas e posteriormente para treinadoras. Esta última posição se dá primeiramente através da formação acadêmica, onde já acontecem as primeiras experiências com a gestão esportiva, não necessariamente na modalidade, mas, que as mesmas utilizam de iniciação para a prática laboral, transferindo essa seara de conhecimentos e vivências para a gestão em seus clubes e participação em competições, absorvendo os demais personagens (gestores, atletas, torcida, árbitros e adversários) neste ínterim, onde as mesmas relatam ainda haver muito preconceito, ainda que velado, mas, que transpor essa barreira é apenas mais uma motivação para trabalhar. Em suma, é possível concluir que o espaço da mulher no futsal vem sendo galgado em diversas frentes, e para que haja ampliação no número de treinadoras, é necessário expandir o acesso e consequentemente, a quantidade de praticantes na modalidade.