Este trabalho é uma parceria com uma empresa de produtos oftálmicos que gera efluentes contendo uma mistura de três corantes dispersos: azul 56, amarelo 54 e vermelho 60, todos da classe das antraquinonas. Os corantes dessa classe são resistentes a degradação devido a sua estrutura aromática, a qual retêm a cor por longos períodos de tempo. O tratamento destes corantes é de extrema importância devido à sua toxicidade, podendo apresentar comportamento cancerígeno e mutagênico. O objetivo deste trabalho foi oxidar os compostos orgânicos poluentes usando processos oxidativos avançados. Para isso, foram realizadas eletrólises a corrente constante usando eletrodos de óxidos como catalisadores heterogêneos juntamente com o reagente de Fenton (Fe2+ + H2O2). A descoloração e oxidação foram monitoradas por espectrometria UV-Visível, cromatografia líquida de alta eficiência e carbono orgânico total. O tratamento aplicado permitiu uma rápida degradação dos grupos cromóforos e houve grande influência da concentração do peróxido de hidrogênio na velocidade dessa degradação. Os resultados foram satisfatórios, uma vez que a coloração foi eliminada e os produtos da oxidação identificados não apresentam toxicidade e podem facilmente tratados por métodos tradicionais.