Traços de personalidade de crianças e emoções: evidência de validade

Abstract

Este estudo analisou as relações entre traços de personalidade e a autopercepção das emoções de alegria, tristeza, coragem e medo, com vistas a evidências de validades. A Escala de Traços de Personalidade para Crianças e o teste de Autopercepção de Emoções foram aplicados, em sala de aula e coletivamente, a 1095 crianças com idades de 8 a 10 anos. Quanto ao traço psicoticismo e neuroticismo as hipóteses foram confirmadas. Para o primeiro foram encontradas correlações positivas para as emoções coragem e tristeza, e negativas para alegria; e para o segundo, a maior parte de seus coeficientes significativos estavam relacionados ao medo e tristeza. Em relação ao traço de extroversão foram confirmadas as expectativas de correlações positivas com alegria e coragem, e negativas com tristeza, mas houve exceções. Finalmente, em relação ao traço sociabilidade confirmou-se parcialmente a hipótese, pois para os meninos não houve correlação significativa com as emoções avaliadas.

Evidências de validade de marcadores reduzidos para a avaliação da personalidade no modelo dos cinco grandes fatores

“…Dessa forma, no Brasil, o modelo dos CGF tem sido utilizado para aprofundar o conhecimento em diversas áreas temáticas dentro da Psicologia. Exemplos são estudos sobre o bem-estar subjetivo (Nunes, Hutz, & Giacomoni, 2009), sobre as habilidades sociais (Bartholomeu, Nunes, & Machado, 2008) e sobre a agressividade (Sisto & Oliveira, 2007). Silva e Nakano (2011) realizaram um levantamento sobre a produção científica nacional relacionada aos CGF e encontraram um total de 23 artigos publicados em periódicos científicos desde 2001.…”

The Relationship between Personality Traits and Stress Levels in Children

“…In the comparison between the genders, there was not the predominance of any personality trait, though the psychoticism trait presented a value close to the stipulated (p ≤ 0.05), and the masculine sample presented more characteristics. Relations between age, gender and personality traits shown by the ETPC instrument indicated that there is a significant difference in the psychoticism level in five-year-old children, differentiating the results from the masculine and the feminine samples, although the same is not confirmed in children with ages of 8, 9 and 10 years (Sisto, 2004b).…”

“…In this way, da S. Nunes, Hutz, & Nunes (2010) indicate that subjects with neuroticism traits tend to express their emotions more intensely and present low tolerance to frustration. Correlational studies with neuroticism performed by Sisto, Bueno, & Rueda (2003) indicate that such trait is associated with difficulties in calming down and with exaggerate emotional reactions to stimulus, still in this context, Sisto (2004b) aimed identifying associations between personality traits and emotions, in the results it was evidenced that neuroticism is correlated with fear and sadness, and there is a positive and significant correlation between these factors, and a negative correlation between neuroticism and courage, given that with the growth of neuroticism there was a reduction in courage.…”

“…Each one of them refers to a particular and unique way for the child to relate with the environment, and naturally one of the traits will be more present and more striking in the child and another will be more absent and more attenuated, what makes the child unique when relating to the world around. Thus, when the description of personality traits occurs, literature discusses about the perspective of this trait being strongly present or the opposite, being weakly present in the subject's personality (Sisto, 2004b).…”

Avaliação do Conhecimento sobre Trauma Craniano Violento por Pais Brasileiros

“…Entende-se traço de personalidade como uma característica relativamente estável na forma de pensar, sentir e se comportar (Sisto, 2004), sendo, nesse sentido, difícil de ser modificada e podendo permanecer com o bebê por um longo período ou até o final de sua vida. De acordo com Nash, Morris e Goodman (2008), considerar a atribuição feita pelos pais ou cuidadores sobre as possíveis razões do choro é importante, visto que essa percepção poderá influenciar a escolha das estratégias a serem utilizadas no cuidado do bebê.…”